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Como comemorar o Dia da Árvore com as crianças

Como comemorar o Dia da Árvore com as crianças, uma data essencial para nos lembrarmos do papel vital que as árvores desempenham em nossas vidas e no equilíbrio ambiental do planeta. Comemorar esse dia é uma forma de semear a conscientização ambiental desde cedo, ensinar,  valorizar e proteger a natureza.

O Dia da Árvore é comemorado em 21 de setembro, às vésperas da chegada da primavera no hemisfério sul. Essa data foi instituída como forma de promover a conscientização da importância das árvores para a preservação da natureza e o equilíbrio ambiental, enfatizando   inúmeros benefícios que as árvores proporcionam.

Em A Vida Secreta das Árvores, o autor Peter Wohlleben, revela um mundo invisível das florestas, onde as árvores possuem uma existência complexa e interconectada, muito além do que os olhos podem ver. Wohlleben, um engenheiro florestal alemão, usa sua vasta experiência e observações para descrever as árvores como seres sociais, dotados de formas de comunicação e cooperação que são surpreendentemente semelhantes às de uma comunidade humana.

 

A Importância do Dia da Árvore

O Dia da Árvore é muito mais do que uma data simbólica. Ele serve como um lembrete da necessidade urgente de cuidar do meio ambiente, especialmente em um mundo onde as questões climáticas se tornaram um dos maiores desafios globais. As árvores desempenham um papel vital no ecossistema e na saúde do planeta, fornecendo oxigênio, capturando dióxido de carbono, prevenindo erosão, proporcionando habitat para diversas espécies e oferecendo sombra e beleza às paisagens urbanas e rurais.

Além disso, essa data ajuda a reforçar a conexão entre as pessoas e a natureza, entre a criança e a natureza, principalmente nas áreas urbanas, onde o contato com o verde é muitas vezes limitado. Para as crianças, essa conexão é ainda mais importante, pois influencia diretamente no desenvolvimento físico,  emocional, e cognitivo, criando uma geração mais consciente e comprometida com questões ambientais.

 

Benefícios das Árvores para o Planeta e as Pessoas

As árvores são essenciais para a vida no planeta, e seus benefícios são inúmeros, confira:

  1. Produção de Oxigênio: Através do processo de fotossíntese, as árvores liberam oxigênio, essencial para a vida humana e de outros seres vivos.
  2. Captura de CO2: As árvores absorvem o dióxido de carbono da atmosfera, ajudando a combater o aquecimento global e a mudança climática.
  3. Controle de Temperatura: Em áreas urbanas, as árvores ajudam a reduzir o efeito de “ilhas de calor”, proporcionando sombra e refrescando o ambiente.
  4. Prevenção de Erosão do Solo: As raízes das árvores ajudam a fixar o solo, prevenindo a erosão e o deslizamento de terras.
  5. Habitat para Fauna: Árvores abrigam uma grande diversidade de animais, como aves, insetos e pequenos mamíferos, que dependem delas para sobreviver.
  6. Bem-estar Humano: Estudos mostram que a presença de árvores em áreas urbanas pode melhorar a saúde mental, reduzir o estresse e promover a qualidade de vida.
  7. Beleza e Estética: As árvores embelezam o ambiente, criando paisagens agradáveis que contribuem para o bem-estar emocional e a qualidade de vida nas cidades.

 

COMO COMEMORAR O DIA DA ÁRVORE COM AS CRIANÇAS

Desta forma, o Dia da Árvore é uma oportunidade educativa e lúdica de aprender sobre a natureza de maneira experiencial e envolvente. É uma excelente forma de despertar o interesse das crianças pelo mundo natural desde cedo e de criar vínculos afetivos com a natureza.

Existem várias experiências sensoriais de impacto que podemos oportunizar para as crianças com o intuito de tornar essa data especial. Saber como comemorar o Dia da Árvore com as crianças de um jeito não convencional, fugindo de atividades com papel e cola, que são pouco atrativas e estimulantes, é muito importante para tornar esta celebração significativa. Veja algumas ideias inspiradoras:

1.Subir em uma árvore

Subir em uma árvore é uma experiência sensorial rica e transformadora. Desde o momento em que a criança toca o tronco, a textura áspera da casca desperta o tato, oferecendo uma sensação de firmeza e segurança. À medida que os pés buscam apoio nas saliências e ramos, o corpo se ajusta e equilibra, ativando a consciência corporal, espacial e a coordenação motora. Cada movimento é acompanhado pela pressão dos dedos nas superfícies irregulares, proporcionando uma conexão física direta com a natureza.

O aroma das folhas e da madeira fresca invade o olfato, evocando uma sensação de frescor e liberdade. O som das folhas farfalhando ao vento e dos pássaros cantando ao redor cria uma trilha sonora que envolve a criança em um ambiente natural vivo e dinâmico. A subida, por vezes desafiadora, estimula a criança a superar obstáculos, encontrar soluções e gerenciar riscos, reforçando a autoconfiança.

Chegar ao topo é uma vitória. Dali, a criança experimenta uma nova perspectiva: a visão se expande, abrangendo paisagens que antes estavam fora de alcance. O vento suave que sopra no rosto traz uma sensação de conquista e pertencimento àquele espaço. Para a criança, subir em uma árvore não é apenas uma aventura física, mas uma experiência sensorial completa, que desperta os sentidos, fortalece o corpo e nutre a alma com uma profunda conexão com a natureza.

2.Abraçar uma árvore

Abraçar uma árvore é uma experiência profunda para uma criança. Ao envolver os braços ao redor do tronco, a criança sente a textura rugosa da casca sob suas mãos, transmitindo uma sensação de solidez e proteção. O tronco, muitas vezes mais frio que o ambiente ao redor, oferece uma calma refrescante, enquanto o cheiro terroso e amadeirado se espalha no ar, despertando o olfato e trazendo uma conexão imediata com a natureza.

Este abraço propicia um momento de tranquilidade. A sensação de proximidade com um ser vivo tão grande e antigo desperta uma curiosidade silenciosa e respeito.

Essa experiência não é apenas física, mas também emocional. Abraçar uma árvore provoca um sentimento de acolhimento e pertencimento, como se a árvore estivesse protegendo a criança. O simples ato de tocar e abraçar a árvore desperta uma consciência sobre a vida ao redor, conectando a criança de maneira íntima e sensorial com o mundo natural.

3.Ouvir o pulsar da árvore com um estetoscópio

Ouvir o pulsar de uma árvore com um estetoscópio é uma experiência surpreendente. Ao pressionar o aparelho contra o tronco, a criança pode captar sons sutis e quase imperceptíveis: o leve movimento da seiva circulando, o estalo ocasional da madeira e até a suave vibração das raízes no solo. Esses sons internos revelam a vida escondida dentro da árvore, conectando a criança a um ritmo natural e profundo. É como descobrir o “coração” da árvore, proporcionando uma sensação de mistério e encantamento, ao perceber que a natureza tem seu próprio ritmo vital.

4.Fazer um piquenique à sombra de uma árvore

Um piquenique à sombra de uma árvore frondosa é uma experiência de serenidade e harmonia com a natureza. O som suave das folhas ao vento cria uma melodia calma, enquanto a brisa fresca alivia o calor. A sombra da copa envolve o ambiente em um frescor agradável, ideal para relaxar. O aroma da grama misturado ao das flores e frutas evoca sensações de bem-estar. Comer ao ar livre, cercado pelo verde, intensifica os sabores e desperta os sentidos, proporcionando um momento de paz e conexão profunda com a simplicidade e beleza do mundo natural.

5.Comer fruta colhida do pé

Comer uma fruta colhida diretamente do pé é uma experiência sensorial mágica para uma criança. O ato de estender a mão e arrancar a fruta da árvore desperta um sentimento de descoberta e conquista. A textura da casca ou da polpa fresca nas mãos traz uma sensação imediata de vida, como se a árvore compartilhasse seu presente direto com a criança.

Ao dar a primeira mordida, o sabor explode de maneira intensa e autêntica, diferente de qualquer fruta comprada em mercados. O suco fresco escorre pelos lábios, o cheiro natural e doce da fruta inunda o ar, intensificando o prazer da experiência. O sabor genuíno, muitas vezes mais doce e suculento, revela a criança a diferença de uma fruta recém-colhida, criando uma conexão mais direta com o ciclo natural dos alimentos.

Esse momento também traz uma compreensão intuitiva do tempo e da paciência, pois a criança percebe que aquela fruta cresceu e amadureceu ao longo das estações. Comer diretamente do pé é, além de delicioso, uma experiência de aprendizado sobre a natureza, suas dádivas e a importância de respeitar e apreciar o ambiente ao redor.

6.Conhecer uma casinha de árvore

Conhecer uma casinha de árvore é como entrar em um mundo de fantasia para uma criança. Ao subir os degraus que levam até ela, a sensação de aventura e mistério cresce a cada passo. Lá em cima, entre os galhos, a casinha se torna um refúgio secreto, um espaço só dela, onde a imaginação corre solta. A madeira rústica, o cheiro de folhas e o balançar suave da árvore com o vento tornam a experiência sensorialmente rica e acolhedora.

Dentro da casinha, a criança cria um universo próprio, seja brincando de exploradora, pirata ou simplesmente relaxando em seu esconderijo particular. A vista elevada oferece uma nova perspectiva sobre o mundo ao redor, proporcionando um sentimento de liberdade e conexão com a natureza. A casinha de árvore transforma-se em um santuário de aventuras e sonhos, onde a criança pode vivenciar a magia de estar em harmonia com o ambiente natural.

7.Contemplar árvores gigantes numa visita ao Jardim Botânico de sua cidade

Conhecer árvores gigantes é uma experiência deslumbrante para uma criança. Ao se aproximar desses colossos da natureza, a sensação de pequenez diante da imensidão das árvores desperta um misto de admiração e curiosidade. O tronco, largo e robusto, parece intransponível, e as copas se erguem tão alto que parecem tocar o céu.

O simples ato de tocar a casca rugosa e olhar para cima, acompanhando a altura, conecta a criança à grandiosidade e longevidade da natureza. Os sons suaves das folhas balançando lá no alto criam uma atmosfera mágica, quase como se as árvores gigantes sussurrassem segredos antigos.

Explorar o entorno das raízes, sentir a sombra fresca e imaginar a vida longa e silenciosa desses seres desperta um profundo respeito pela natureza. Para a criança, essas árvores são monumentos vivos, fontes de mistério e fascinação, que estimulam a imaginação e o senso de maravilha.

CONHEÇA O JARDIM BOTÂNICO DA CIDADE DE SÃO PAULO AQUI

 

OUTRAS ATIVIDADES DE COMO COMEMORAR O DIA DA ÁRVORE COM AS CRIANÇAS

Caminhadas ao Ar Livre

Organizar uma caminhada em um parque ou área arborizada é uma forma de permitir que as crianças tenham contato direto com a natureza. Durante a caminhada, é possível conversar com as crianças sobre a importância das árvores, mostrar diferentes tipos de plantas e até mesmo observar animais em seu habitat natural.

Leitura de Livros sobre a Natureza

A literatura infantil é uma poderosa ferramenta para transmitir lições sobre o meio ambiente. Escolher livros que falam sobre árvores, florestas e a natureza pode inspirar a imaginação das crianças e reforçar a mensagem de preservação. Histórias com personagens da fauna e flora são ótimas para despertar o interesse dos pequenos. Confira algumas indicações:

Árvores, Piotr Socha, WMF Martins Fontes

Trata-se de um livro enciclopédico infantojuvenil com conteúdo abrangente sobre as árvores de todo o mundo em todos os tempos.

Qual é a árvore mais alta do mundo? Desde quando existem as árvores e quanto tempo elas vivem? Existe um hotel construído em uma árvore? E o que podemos fazer para ter certeza de que as árvores sobreviverão para o futuro? Este livro responde   essas questões e a muitas outras – de maneira leve e perspicaz.

O autor perfaz a história das árvores desde os tempos antigos até os dias de hoje, examinando, ao longo do percurso, o papel que as árvores tiveram na história, na mitologia e em todo o mundo natural.

O livro é todo ilustrado, com textos informativos, e traz as árvores como ligação entre diversos elementos de vida, diversidade, evolução, construção e morte.

 

 

Debaixo das copas, Iris Volant, ‎ VR Editora

Sabe essa árvore de galhos fortes em que você acabou de subir? E aquela enorme do parque, com raízes saindo pela terra? E a da praia, que faz uma sombra perfeita? Cada uma delas tem uma história para contar. Pode estar conectada à sua trajetória pessoal e pode também fazer parte das histórias de um povo de algum lugar. Sejam protagonistas ou coadjuvantes, as árvores aparecem em contos, lendas e narrativas verídicas da humanidade. São sagradas, como a imensa samaúma da Amazônia, ou responsáveis por grandes saltos nas ciências, como a singela macieira de Isaac Newton, que, quase discretamente, fez o físico elaborar a teoria da gravidade. Gigantes ou pequenas, míticas ou provedoras, frondosas ou escassas em folhas, simbolizam universalmente a diversidade e a resistência. Debaixo das copas reúne árvores de todos os tipos e continentes. Você vai se encantar com as histórias que as cercam e as transformam em verdadeiros patrimônios culturais, além, é claro, de conhecer um pouco de suas características.

 

As árvores do Brasil, lalau e Laurabeatriz, Editora Peirópolis

Árvores do Brasil apresenta algumas das árvores mais importantes do nosso país. É uma homenagem a essas verdadeiras maravilhas da natureza que nos dão sombra e frutas, evitam que a erosão acabe com nossos rios, oferecem abrigo e alimento aos bichos e passarinhos, ajudam a retirar poluentes do ar que respiramos e deixam a vida mais bonita e florida. Lançado em 2011, no Ano Internacional da Floresta, o livro é um grande e colorido desfile de quinze espécies de árvores, três de cada bioma brasileiro: pau-brasil, araucária, jequitibá, ipê-do cerrado, buriti, jatobá-do-cerrado, juazeiro, mulungu, umbuzeiro, ipê-roxo, jenipapo, pau-formiga, castanheira-do-pará, piquiá e mogno.Cada árvore ganhou um poema, uma ilustração e a companhia de um bicho que mantém alguma relação de vida com ela: alimenta-se das frutas e folhas, procura abrigo, ajuda a espalhar sementes ou caça insetos que vivem nos troncos.No final, o livro traz nomes científicos e textos sobre a altura que podem atingir, principais características e usos das madeiras, como os frutos são consumidos pelo homem, problemas que enfrentam na natureza e outras informações.

 

CONFIRA OUTRAS INDICAÇÕES DE LIVROS  AQUI


DIA DA ÁRVORE COM AS CRIANÇAS

Vamos explorar essa data de uma maneira não convencional, longe da folha de papel A4 e da cola? Vamos comemorar o Dia da Árvore com as crianças vivenciando a importância, os benefícios das árvores de um jeito  criativo e inspirador?

O Dia da Árvore é uma data essencial para nos lembrarmos do papel vital que as árvores desempenham em nossas vidas e no equilíbrio ambiental do planeta. Comemorar esse dia com as crianças é uma forma de plantar as sementes da conscientização ambiental desde cedo, ensinando-as a valorizar e proteger a natureza. Com experiências sensoriais, lúdicas e educativas, como abraçar uma árvore, comer fruta colhida do pé,  e caminhadar ao ar livre, é possível deixar uma marca positiva na formação de uma geração mais consciente e comprometida com o futuro do planeta.

 

Abraço afetuoso

Ana Lúcia Machado

 

 

 

Observar e Brincar com as Nuvens: Uma Experiência Lúdica e Educativa para Crianças

Observar e brincar com as nuvens oferece às crianças uma oportunidade única de conexão com a natureza, ao mesmo tempo que estimulam a imaginação, desenvolvem sua criatividade e habilidades cognitivas.

Caminhamos olhando para os lados, para frente, mas raramente levantamos nossas cabeças e olhamos para cima, ou quando olhamos, tudo parece tão conhecido, que olhamos “sem olhar”. Sem a devida atenção aos detalhes, olhamos mas não enxergamos.  O que existe de interessante lá no alto?

A natureza é um cenário repleto de possibilidades de brincadeiras e aprendizado, e um dos elementos mais acessíveis e encantadores para as crianças são as nuvens do céu. Olhar para cima para observar e brincar com as nuvens não só desperta a curiosidade, mas também promove o desenvolvimento da imaginação, e da percepção ambiental.

Observar e brincar com as nuvens como uma experiência lúdica e educativa –  além de ser uma forma de entretenimento ao ar livre, auxiliam as crianças a entenderem fenômenos naturais, como o ciclo da água e as mudanças no clima, de maneira lúdica.

 

A Importância de Observar e Brincar com as Nuvens

Observar e brincar com as nuvens é uma forma simples de introduzir as crianças ao mundo da ciência e à observação ambiental. Ao observar o céu, elas começam a perceber que as nuvens mudam de forma, cor e tamanho ao longo do dia, o que pode ser uma excelente oportunidade para conversar sobre o tempo, as estações do ano e o clima. Além disso observar e brincar com as nuvens pode incentivar as crianças a fazer perguntas, e despertar nelas o desejo de explorar o mundo natural ao seu redor.

 

O que são e como se formam as nuvens na linguagem da criança

As nuvens são como grandes bolhas fofas de vapor d’água que flutuam no céu. Elas parecem algodão doce ou bichinhos de pelúcia, mas na verdade são feitas de gotinhas de água ou de pequenos pedaços de gelo. As nuvens ficam lá no alto porque o ar as carrega como se fosse uma grande cama de vento.

Mas como elas se formam? Tudo começa lá embaixo, nos rios, lagos e no oceano. Quando o sol brilha, ele aquece a água e a transforma em vapor, que é invisível e sobe para o céu. À medida que esse vapor sobe, ele encontra o ar mais frio. O frio faz o vapor se juntar em gotinhas de água ou pedacinhos de gelo, e é assim que nasce uma nuvem!

As nuvens possuem nomes

As nuvens são classificadas de acordo com dois critérios, que são a aparência (ou formato) e a altitude em que elas se formam e estão posicionadas. Combinando esses critérios, as nuvens podem ser divididas em 10 tipos: cirrus, cirrocumulus, cirrostratus, altocumulus, altostratus, nimbostratus, stratocumulus, stratus, cumulus e cumulonimbus.

Detalhando alguns tipos de nuvens:

Algumas são fininhas e ficam bem no alto, como as cirrus, que parecem pinceladas no céu. Outras são mais fofas e grandes, como as cúmulus, que lembram grandes montanhas de algodão, sempre presente nos desenhos das crianças. E quando o céu está cinza e cheio de nuvens, são as stratus.

Às vezes, as nuvens ficam tão cheias de gotinhas de água que elas caem de volta para a Terra na forma de chuva. É assim que o ciclo da água acontece: a água sobe, vira nuvem, e depois volta para o chão!

 

Observar e brincar com as nuvens

Como se tornar um Observador de Nuvens

Sabia que você pode ser um Observador de Nuvens? No livro Observador de Nuvens, de Patrícia Grinberg, o menino protagonista da história, encontra um sábio velhinho observador de nuvens e aprende com ele que para se tornar um Observador de Nuvens é preciso encher os olhos de céu e

“basta deitar olhando para cima, e, se for sobre um gramado, melhor; deixar-se acariciar pelo vento e olhar o céu… mas acima de tudo, é preciso se deixar levar pela imaginação.”

Essa é uma atividade divertida onde você descobre tudo o que as nuvens podem te contar precisando apenas dos seus olhos, de um lugar ao ar livre e um pedacinho de céu. Para começar, encontre um lugar confortável, como um gramado, uma praia ou até mesmo o quintal de casa. Deite-se no chão ou sente-se em uma cadeira e olhe para o céu. Agora vem a parte divertida:

 

Brincadeiras com as Nuvens

Adivinhação de Formas: Uma atividade clássica, onde as crianças podem observar os tipos de nuvens do céu durante o dia e relacionar as formas das nuvens com objetos, animais, partes do corpo, as letras do alfabeto, ou até mesmo criar histórias. Será que você consegue ver um dragão, um coelho ou um barco flutuando lá no alto? As nuvens estão sempre mudando, então seja rápido para adivinhar o que elas parecem antes que mudem de forma.  Outra possibilidade é  fotografar as nuvens do céu, procurar as formas na imagem congelada e até mesmo desenhar sobre a tela ou papel impresso da foto. Ou ainda com a imagem das nuvens refletidas sob um espelho acrílico voltado para o céu, desenhar sobre a superfície espelhada os objetos visualizados com caneta hidrocor.

Caça às Nuvens: As crianças podem aprender os nomes das diferentes formações de nuvens, como cirrus, cúmulus e stratus, transformando a observação em um jogo divertido de “caça às nuvens”. As crianças podem se tornar detetives do céu e tentar identificar e classificar os diferentes tipos de nuvens. Imprima a imagem ao lado, que  pode ser baixada AQUI e recorte a parte central pontilhada para usá-la como uma “janelinha” e assim olhar para o céu com o objetivo de identificar a nuvem observada, comparando-a com as imagens dos vários tipos de nuvens em volta na cartela.

Diário das Nuvens: Se você quiser levar a brincadeira para o próximo nível, pode começar um diário de nuvens. Incentive as crianças a fazerem anotações em um caderno, onde possam desenhar e colorir as diferentes formas das nuvens que viram no céu. Talvez possam perceber padrões, como quando aparecem mais nuvens de chuva ou dias com céu totalmente limpo.

Brincadeiras como essas propiciam momentos de relaxamento, tranquilidade e bem estar. Ser um Observador de Nuvens é uma forma mágica de aprender sobre o mundo natural, desfrutar a natureza, e deixar a imaginação  voar tão alto quanto as nuvens!

 


 

Livros Infantis para Inspirar a Observar e Brincar com as Nuvens

Os livros infantis têm a incrível capacidade de tornar complexos conceitos naturais acessíveis e compreensíveis para as crianças. Entre os temas mais ricos e recorrentes na literatura infantil estão os ciclos da natureza, como as estações do ano, os fenômenos naturais, etc. Essas histórias despertam a curiosidade das crianças e criam uma conexão profunda com o mundo natural, ensinando a elas sobre a beleza, a transitoriedade e a interconexão da vida.

Para tornar a experiência de observar e brincar com as nuvens ainda mais rica, é possível integrar a leitura de livros infantis que abordam o tema. Veja algumas sugestões de livros sobre nuvens:

1-O Segredo das nuvens Celina Bodenmuller

“O segredo das nuvens – Entendendo as chuvas, raios e trovões” convida os jovens leitores a explorar os mistérios escondidos nas nuvens do céu. Com uma linguagem simples, divertida e por vezes até poética, o livro conduz o olhar das crianças para que observem atentamente o que acontece com a água, em seu infinito ciclo de evaporação e condensação. Por meio de informações científicas, fatos do cotidiano, curiosidades, experimentos simples, além de quadrinhas, parlendas e provérbios, o livro vai traçando um panorama variado para explicar fenômenos naturais complexos, de uma forma que os mais jovens possam compreender facilmente.

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2.O menino que lia nuvens

No céu azul, nuvens brancas, o Sol, um elefante… Um elefante? E tem mais! Uma bola de futebol! Conheça Aldebaran, um garoto calmo que adora ficar observando as formas das nuvens. Mas eis que começa a ver algo além das formas, algo além de seu presente, e de tanto olhar para o céu acaba encontrando o que sempre procurou. E você, já deu uma olhada no céu hoje?

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3.Nuvem feliz, Alice Ruiz e Edith Derdyk

Nuvens costumam ser muito temperamentais. Qualquer ventinho as empurra de um lado para o outro, e assim elas mudam de cor, e de humor, a todo momento. Mas uma coisa é certa: toda nuvem, desde pequena, sabe que um dia terá de chorar. Numa prosa que vem e vai como uma nuvem, e com desenhos que exploram as várias possibilidades da linha e da mancha, Alice Ruiz e Edith Derdyk criaram um livro poético e delicado, cujo final surpreende por sua generosidade diante da vida.

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4.Lizzy e a nuvem

Milo pode parecer uma nuvem meio fora de moda, mas Lizzy quer levá-lo para casa. Milo não é grande demais nem muito complicado. É perfeito. Cuidar de uma nuvem é um trabalho muito importante, e Lizzy leva isso a sério. Contudo, Milo começa a crescer, crescer e crescer. O que Lizzy vai fazer quando não houver mais espaço para ele?

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5. A fazedora de nuvens, Paula Vazone

Curiosa e ousada, Marina ama uma boa aventura. Quando ela encontra um mundo mágico e descobre como as nuvens são feitas, ela aprende também que nunca deve desistir das coisas importantes. Escrito por Paula Vasone e ilustrado por Evelin Salvatierra, esta história mostra o poder da imaginação na vida de todas as pessoas.

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6. Entre nuvens, André Neves

Essa é a história de uma menina que sonhava em ser como um pássaro para poder ter uma nuvem só para ela. “Ela pensava: ‘Lá em cima, alguma coisa existe. Deuses, fadas, anjos ou gente de verdade’.” Porém, na cidade em que vivia, ninguém tinha tempo para sonhar. A menina resolve subir na montanha mais alta daquele lugar para poder pegar uma nuvem. Nessa montanha vivia um menino. Ele não achava a menor graça em olhar o céu, mas achava o sorriso da menina a coisa mais bela do mundo. E para vê-la sorrir para sempre, ele deu o melhor presente que ela poderia imaginar…

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Que tal olhar pro céu? Que tal observar as nuvens? Que tal brincar com as crianças de ver nas configurações efêmeras das nuvens, formas variadas: ovelhas, castelos, trombas de elefante, dragões?

Observar e brincar com as nuvens oferece às crianças uma oportunidade única de conexão com a natureza, ao mesmo tempo que desenvolvem sua criatividade e habilidades cognitivas. Integrar a leitura de livros infantis sobre o tema enriquece a experiência e proporciona momentos de brincadeiras e aprendizagens. Essas atividades simples podem despertar o interesse pelos fenômenos naturais, ao mesmo tempo em que incentivam a imaginação e o apreço pela natureza, além do cuidado com o meio ambiente.

Assim, o céu se torna não apenas um cenário de observação, mas também uma tela lúdica  infinita para a imaginação infantil.

Que possamos encher mais nossos olhos de céu com nossas crianças!

 

Abraço carinhoso

Ana Lúcia Machado

 

 

4 TEDs SOBRE O BRINCAR

ESCOLARIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

4 TEDs SOBRE O BRINCAR – Educação Infantil

BRINCAR é substrato para a vida, é o motor da infância que garante potência para a idade adulta. Brincando a criança desenvolve competências que serão requisitadas mais tarde nas relações interpessoais e de trabalho. Como atividade instintiva, natural e espontânea, brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil integral e saudável, e segue tendo sua importância ao longo da vida, porque afinal somos seres lúdicos.

Infelizmente na sociedade contemporânea o brincar está em declínio, as novas gerações estão sendo privadas de tempo e espaço de brincar livre. Especialistas na área de educação e saúde vêm alertando sobre a diminuição do tempo de brincar das crianças.

Conheça 4 TEDs SOBRE O BRINCAR e entenda a sua importância para o desenvolvimento integral da criança.

Stuart Brown, psiquiatra americano, pioneiro na pesquisa sobre o brincar, descobriu por meio de seus estudos que crianças tolhidas na sua necessidade de brincar terão dificuldades de decodificar o mundo, que brincar bastante na infância gera adultos felizes e bem sucedidos e que a capacidade de continuar nutrindo este ser brincante que somos, nos mantém joviais e saudáveis ao longo da vida.

Como resultado de suas pesquisas, Stuart afirma que:

“Brincar desenvolve músculos e habilidades sociais, fertiliza a atividade cerebral, aprofunda e regula emoções, nos faz perder a noção do tempo, proporciona um estado de equilíbrio, ajuda a lidar com as dificuldades, aumenta a expansividade e favorece as conexões entre as pessoas. Ao brincar ativamos o lado direito do cérebro, que está ligado à criatividade, emoção, imaginação, intuição e subjetividade”.

 

LEIA TAMBÉM: BRINCAR SUBSTRATO PARA A VIDA


4 TEDs SOBRE O BRINCAR

BRINCAR É MAIS DO QUE DIVERSÃO – É VITAL, STUART BROWN

Um pioneiro na pesquisa sobre o ato de brincar, Stuart Brown, autor do livro  Play, diz que humor, jogos, algazarra, flerte e fantasia são mais do que simples diversão. Brincar bastante na infância gera adultos espertos e felizes – e continuar fazendo isso nos faz mais inteligentes em qualquer idade.

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O DECLÍNIO DO BRINCAR, PETER GRAY

Na visão do psicólogo evolucionista Peter Gray, autor do livro Free to Learn, hoje as crianças  não têm tempo, espaço e permissão para brincar livremente. O espaço público tornou se inacessível e perigoso. As horas dedicadas à escola aumentaram.  As crianças estão sempre supervisionadas e controladas por adultos. Tudo isso tem profundos impactos no desenvolvimento e aprendizado das crianças.

Nesta palestra, o Dr. Gray chama a atenção de forma convincente para a realidade de que, nos últimos 60 anos, nos Estados Unidos, houve um declínio gradual, mas globalmente dramático, na liberdade das crianças de brincar com outras crianças, sem a orientação de um adulto. Durante este mesmo período, houve um aumento gradual, mas globalmente dramático, da ansiedade, depressão, sentimentos de desamparo, suicídio e narcisismo em crianças e adolescentes. Com base em pesquisas próprias e de outros, o Dr. Gray documenta por que a brincadeira livre é essencial para o desenvolvimento social e emocional saudável das crianças e descreve as etapas pelas quais podemos trazer a brincadeira livre de volta à vida das crianças.

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TERRITÓRIO DO BRINCAR, RENATA MEIRELLES

A Renata Meirelles viaja por todas as regiões do Brasil registrando o brincar das crianças em sua forma mais espontânea por meio de vídeos, fotografias e áudios. Formada em Educação Física e é mestre pela Faculdade de Educação da USP. Desenvolveu dois projetos, o BIRA – Brincadeiras Infantis da Região Amazônica, no qual registrou as brincadeiras das crianças da Amazônia, e o Território do Brincar, que gerou um filme de longa-metragem, dois livros e duas séries infantis para TV, além de filmes de curta metragem, artigos e uma exposição itinerante em 2014/15.

Ela afirma que a  autonomia é a essência da criança. Se você pegar o que as crianças estão fazendo enquanto brincam, elas estão criando um processo de autonomia: ‘O que dou conta nessa vida’? Quando a gente vê crianças que estão sob um excesso de supervisão, com um adulto dizendo o tempo todo o que é para fazer, que horas que começa, que horas que termina… Por mais bem intencionada que seja a atividade, a criança vai crescendo em um lugar em que alguém deseja e escolhe por ela. Não há uma voz interna sendo escutada. A criança precisa ter o ‘nada’ disponível para fazer. E o ‘nada’ não significa ficar à frente de telas de celulares, tablets ou televisores. “O ‘nada’ é justamente ela estar sem propostas ou planejamentos. (trecho de entrevista)

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LIBERTEM AS CRIANÇAS, CARLOS NETO

Professor Catedrático na Faculdade de Motricidade Humana no Departamento de Ciências da Motricidade Humana de Lisboa, autor do livro Libertem as crianças. Um dos maiores especialistas mundiais na área da brincadeira e do jogo, o profº Carlos Neto trabalha com crianças há mais de quarenta anos e uma coisa que o preocupa é que hoje as crianças brincam e se movimentam cada vez menos, aumentando assim a taxa de sedentarismo entre a população infantil.

De acordo com ele, esta inatividade corporal infantil, terá enormes consequências na  saúde física da criança –  excesso de peso, obesidade, diabetes, doenças crónicas cardíacas e respiratórias, e na saúde mental – ansiedade, depressão, stress, hiperatividade e deficit de atenção. É necessária uma visão de desenvolvimento sustentável no âmbito das “culturas de infância”, no sentido de combater a crescente inatividade e inabilidade motora e promover experiências de brincadeiras e movimento, a fim de assegurar estilos de vida saudáveis ao longo da vida.

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Não deixe de assistir os 4 TEDs SOBRE O BRINCAR. O lúdico é fundamental em todas as fases da vida, inclusive na idade adulta, então vamos todos brincar!

Abraço

Ana Lúcia Machado

 

5 livros para aprender como facilitar a relação da criança com a natureza

5 LIVROS PARA APRENDER COMO FACILITAR A RELAÇÃO DAS CRIANÇAS COM A NATUREZA

Dicas de leitura para promover a facilitação da relação das crianças com a natureza e auxiliar professores a estar do lado de fora com elas

 

Se você é professor da educação infantil, do ensino fundamental, se é um profissional da área da saúde que atende crianças e adolescentes, ou ainda se é pai, mãe, tio ou avós preocupados com o distanciamento das novas gerações com o mundo natural, estes livros são para você. Estas indicações vão inspirar e apoiar iniciativas que incentivam a relação das crianças e jovens com a natureza.

Cada vez mais estamos percebendo a importância da conexão com o mundo natural, pelo crescente distanciamento da natureza e o excesso do mundo tecnológico na vida das crianças.

Sabemos que a criança se desenvolve muito além da sua genética. As interações com o meio têm uma relevância vital no processo alavancando o desenvolvimento integral da criança. Como grande mestra, a natureza tem muito a ensinar para as crianças. Em conexão com o mundo vivo elas  aprendem sobre os princípios que regem a vida na Terra – seus ciclos de nascimento, vida e morte, fluxos, processos evolutivos, o que leva a compreensão sobre si mesma, o outro, o meio e as relações. Na natureza encontramos os estímulos mais ricos e completos necessários para o desenvolvimento infantil integral e saudável.

 

5 LIVROS PARA APRENDER COMO FACILITAR A RELAÇÃO DAS CRIANÇAS COM A NATUREZA

Aqui você vai encontrar uma seleção de 5 livros fundamentais para o aprofundamento dos seguintes temas: aprendizagens ao ar livre, educação ambiental na infância, a relação da criança com a natureza, brinquedos e brincadeiras na e com a natureza.

Estas publicações são indispensáveis para a trajetória de pesquisadores e formadores das infâncias e familiares e visa a saúde da infância e do planeta.

O professor norte-americano David Sobel*, nos adverti de maneira sábia dizendo que “antes de pedirmos as crianças que salvem o planeta, precisamos oferecer à elas a oportunidade de amar a Terra”, pois só amamos aquilo que conhecemos. Portanto, é trabalho das famílias e da escola promover interações diretas das crianças com o mundo vivo.

*David Sobel, professor emérito do Departamento de Educação do Antioch University New England


  1. A última criança na natureza, de Richard Louv

Este livro apresenta uma abrangente síntese de pesquisas e também de histórias de todo o mundo que relacionam a presença da natureza na vida das crianças com seu bem-estar físico, emocional, social e acadêmico. Richard Louv cunhou o termo ‘Transtorno do Déficit de Natureza’ e despertou, assim, o interesse da comunidade internacional para o impacto negativo da falta da natureza na vida das crianças, especialmente as que vivem em contextos urbanos.

O autor ressalta que muitos problemas comuns de aprendizagem, como dificuldade de concentração, hiperatividade e déficit de atenção, estão diretamente ligados ao pouco tempo que os pequenos passam em contato com a natureza. Isso sem falar dos problemas mais graves, como obesidade infantil.

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  1. Crianças e natureza – Reconectar é preciso, de Christiana Profice

O livro é um alerta para as graves consequências físicas e psíquicas de um cotidiano infantil sedentário e conectado a dispositivos eletrônicos. A obra reúne os principais resultados de pesquisas sobre o tema nacional e internacional. A conclusão a que se chega é que a reconexão entre crianças e natureza é urgente, sob o risco de aumento de distúrbios físicos e emocionais causados pela privação de interações com os ambientes naturais, seus seres e processos.

Outro efeito nefasto do afastamento entre crianças e natureza é o desinteresse das pessoas pelo mundo natural que, sem conhecê-lo, não se empenham em sua proteção, agravando, deste modo, os problemas ambientais contemporâneos. Apesar deste alerta, as pesquisas científicas deixam claro que nem tudo está perdido e que ainda há tempo para reversão da situação, basta que devolvamos às crianças o seu direito de contato com a natureza da qual todos nós fazemos parte.

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  1. Brinquedos do Chão

Este livro explora a imaginação do brincar e sua intimidade com os quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e ar, e revela a voz livre e fluente da criança em sua trajetória de moldar a si própria, tão esquecida nos estudos sobre a infância. Assim como o brinquedo, interessam ao autor, artista plástico, teólogo, pesquisador da infância e do imaginário, a brincadeira e seu universo simbólico; a experiência da criança quando, em comunhão com a natureza e em sua vivência transcendente, brinca e significa o mundo. Fala sobre os brinquedos da terra, que caracterizam, na produção material, gestual e narrativa da infância, a investigação da matéria e as operações da imaginação no forjar a elaboração e o enraizamento dos papéis sociais na casa, na família e no mundo.

 

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  1. Livro do Educador brincando com a natureza

Este livro é um convite à  prática de um brincar vivo e ecológico no dia a dia com as crianças; um convite à defesa do exercício imaginativo , da saúde da infância e do planeta. Brincar em espaços naturais nos coloca diante da vocação lúdica da natureza e  expõe a criança à riqueza e diversidade dos elementos naturais, abrindo um leque de possibilidades de brincadeiras e invenção dos próprios brinquedos pela criança, tendo a natureza como matéria-prima.

O livro incentiva o brincar em contato com a natureza  inspirado na história da Turma da Floresta – uma brincadeira puxa outra,  primeira obra infantil publicada pela autora,  especializada na primeira infância, e que agora, no Livro do Educador, ensina a fazer brinquedos com elementos da natureza, além de divertidas brincadeiras que nutrem a imaginação da criança e estimulam a criatividade.

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  1. Educação verde, crianças saudáveis, de Heike Freire

A leitura é fluida e cheia de ideias e dicas para trabalhar com as crianças na natureza. A autora faz uma abordagem da importância de uma educação voltada para o contato com a natureza.

As crianças hoje passam a maior parte do tempo em espaços fechados, sentados, frente às telas. Elas vivem constantemente debaixo da supervisão de adultos obcecados por segurança e quase já não têm momentos de brincadeiras descontraídas ao ar livre. As crianças precisam da natureza.

Os pequenos se sentem espontaneamente atraídos por ambientes naturais e, quando estão em contato com eles, desenvolvem- se de uma forma mais saudável em todos os níveis: físico, emocional, mental, social e espiritual. Passar algum tempo ao ar livre, em uma interação direta com a vida, é um direito fundamental da infância que deveria ser reconhecido na nossa sociedade. Este livro foi escrito para todas as pessoas, pais e educadores, dispostas a se empenhar para atingir esse ideal.

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Estas são algumas das referências bibliográficas que embasam o trabalho do Educando Tudo Muda e que além de inspirar, fortalecem ações potentes em prol da saúde da infância. Você conhece esses livros? Já leu? Se ainda não leu, sugiro que salve as indicações e compartilhe para espalhar esta semente pró-infância.

 

LEIA TAMBÉM: CRIANÇA E NATUREZA – TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

 

Abraço carinhoso

Ana Lúcia Machado

 

Mês da Primeira Infância – Agosto Verde

Etapa essencial para o desenvolvimento infantil, a primeira infância recebe destaque neste mês com a chegada do Agosto Verde, o Mês da Primeira Infância.

Este é o segundo ano de celebração do Mês da Primeira Infância – Agosto Verde, data que foi oficializada pela lei 14.617, de julho de 2023.

A data visa dar ênfase em ações e políticas que promovam vínculos afetivos, nutrição saudável, importância da imunização, do direito de brincar e de prevenção de acidentes e doenças. Um mês focado na conscientização da sociedade sobre a importância da atenção integral às gestantes, às crianças e suas famílias em todo o território nacional.

A primeira infância, que vai do 0 aos 6 anos de idade, é uma etapa fundamental para o desenvolvimento humano, período em que a criança está muito sensível aos cuidados e estímulos ambientais.

O Brasil tem cerca de 20,6 milhões de crianças nessa faixa etária  segundo dados de 2021 do DataSUS. Os anos iniciais da vida de uma criança são considerados uma janela de oportunidade para o desenvolvimento integral. As experiências e as interações que acontecem nessa fase geram impactos para toda a vida.

Compreender e respeitar as etapas de desenvolvimento infantil e valorizar toda a cultura da infância é fundamental para a formação de indivíduos saudáveis e aptos a atuar na sociedade.

LEIA TAMBÉM: Respeito à Cultura da Infância

Diversas evidências demonstram que investir nos primeiros anos de vida é uma maneira efetiva de combater as desigualdades e romper o ciclo de pobreza que atravessa gerações. Pesquisas revelam que o começo da vida, tem um forte impacto na vida de um indivíduo e que o desenvolvimento saudável de uma criança, levando em conta boa alimentação, cuidados com a saúde física e emocional, competências sociais e capacidades cognitivas, forma a base da prosperidade econômica e justiça social de uma nação.

Um estudo da Nova Zelândia publicado no final de 2016 que avaliou 1037 neozelandeses dos 3 aos 38 anos de idade,  concluiu que os 20% de adultos que tiveram uma infância difícil, com restrições econômicas, descuido e negligência, foram responsáveis por 57% das internações hospitalares, 66% dos pedidos de benefícios sociais e 81% das condenações criminais.

O economista James Heckman, professor emérito na Universidade de Chicago e ganhador do Nobel de Economia no ano 2000, diz que crianças submetidas desde cedo a bons estímulos, aumentam suas chances de ter mais sucesso na vida adulta e que investir na Primeira Infância é o caminho para o país crescer.

O Dr. Heckman afirma que “cada dólar gasto com uma criança pequena trará um retorno anual de mais 14 centavos durante toda a sua vida. É um dos melhores investimentos que se podem fazer — melhor, mais eficiente e seguro do que apostar no mercado de ações americano”.

Confira as principais ideias defendidas pelo Dr. Heckman  numa entrevista concedida à revista Veja:

Por que os estímulos nos primeiros anos de vida são tão decisivos para o sucesso na idade adulta? É uma fase em que o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção, como uma esponja maleável. As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde. Se essa base for frágil, as chances de sucesso cairão; se ela for sólida, vão disparar na mesma proporção. Por isso, defendo estímulos desde muito cedo.

Quão cedo? Pode parecer exagero, mas a ciência já reuniu evidências para sustentar que essa conta começa no negativo, ou seja, com o bebê ainda na barriga. A probabilidade de ele vir a ter uma vida saudável se multiplica quando a mãe é disciplinada no período pré-natal. Até os 5, 6 anos, a criança aprende em ritmo espantoso, e isso será valioso para toda a vida. Infelizmente, é uma fase que costuma ser negligenciada — famílias pobres não recebem orientação básica sobre como enfrentar o desafio de criar um bebê, faltam boas creches e pré-escolas e, sobretudo, o empurrão certo na hora certa.

Qual é o preço dessa negligência? Altíssimo. Países que não investem na primeira infância apresentam índices de criminalidade mais elevados, maiores taxas de gravidez na adolescência e de evasão no ensino médio e níveis menores de produtividade no mercado de trabalho, o que é fatal. Como economista, faço contas o tempo inteiro. Uma delas é especialmente impressionante: cada dólar gasto com uma criança pequena trará um retorno anual de mais 14 centavos durante toda a sua vida. É um dos melhores investimentos que se podem fazer — melhor, mais eficiente e seguro do que apostar no mercado de ações americano.

Se isso é tão claro, por que a primeira infância não está na ordem do dia de quem tem a caneta na mão para decidir? Há ainda uma substancial ignorância sobre o tema. Algumas décadas atrás, a própria ciência patinava no assunto. A ideia que predominava, e até hoje pesa, é que a família deve se encarregar sozinha dos primeiros anos de vida dos filhos. A ênfase das políticas públicas é na fase que vem depois, no ensino fundamental. E assim se perde a chance de preparar a criança para essa nova etapa, justamente quando seu cérebro é mais moldável à novidade.

A classe política também evita olhar para a primeira infância por achar que esse é um investimento menos visível a curto prazo? Os políticos podem, sim, considerar isso, mas estão redondamente enganados. Crianças pequenas respondem rápido aos estímulos de qualidade. Para quem tem o poder de decidir, deixo aqui a provocação: não investir com inteligência nesses primeiros anos de vida é uma decisão bem pouco inteligente do ponto de vista do orçamento público. Basta usar a matemática.

O que mostra a matemática? Vamos pegar o exemplo da segurança pública. Há ao menos dois caminhos para mantê-la em bom patamar. Um deles é contratar policiais, que devem zelar pelo cumprimento da lei. O outro é investir bem cedo nas crianças, para que adquiram habilidades, como um bom poder de julgamento e autocontrole, que as ajudarão a integrar-se à sociedade longe da violência. Pois a opção pela primeira infância custa até um décimo do preço. Recaímos na velha questão: prevenir ou remediar? Como se vê, é muito melhor prevenir.

Que tipo de política pública de primeira infância tem surtido mais efeito? O grande impacto positivo vem de programas que conseguem envolver famílias pobres, creches e pré-­escolas, centros de saúde e outros órgãos que, integrados, canalizam incentivos à criança — não só materiais, evidentemente. O programa americano Perry, da década de 60, é um exemplo clássico de que o investimento em uma boa pré-escola produz ótimos resultados.

Por que esse modelo é bom? Ele envolve ativamente os alunos em projetos de sala de aula, lapidando habilidades sociais e cognitivas, sob a liderança de professores altamente qualificados. A família mantém um estreito elo com a escola. Temos de ter sempre certeza de que a família está a bordo, qualquer que seja a iniciativa.

Não é irrealista esperar tanto de famílias que vivem na pobreza, como no Brasil? Um bom programa de primeira infância consegue ajudar a família inteira, fazendo chegar até ela informações, boas práticas e valores essenciais, como a importância do estudo para a superação da pobreza.


Mês da Primeira Infância – Agosto Verde

Quer ser ativa (o) e contribuir para despertar a consciência sobre a importância do começo da vida? Leia e compartilhe estes 4 artigos, que representam uma síntese sobre esta etapa da vida:

  1. Afeto e Infância na Era da Complexidade
  2. Infância Pede Calma
  3. Respeito à Cultura da Infância
  4. Você conhece a força da sua Infância

A celebração do Mês da Primeira Infância é muito importante, nos convida a espalhar essa mensagem debatendo o tema com a sociedade e mobilizando a classe política. Se você é um profissional da área da educação ou saúde, se você tem filhos pequenos, ou se tem vínculos de afeto com alguma criança, saiba que você pode fazer a diferença na vida das crianças. Reflita, discuta por meio de conversas, trocas de opiniões, acerca da importância da infância com amigos e familiares. Cobre do poder público ações efetivas em prol da saúde da infância.

Não se esqueça que a infância é para a vida toda e que se mudarmos o começo da história de um indivíduo, mudaremos a história toda!

Abraço afetuoso

Ana Lúcia Machado

FÉRIAS ESCOLARES – ALTERNATIVAS DE LAZER E ENTRETENIMENTO

FÉRIAS ESCOLARES – ALTERNATIVAS DE LAZER E ENTRETENIMENTO MENOS DIGITAIS

O que não pode faltar nas férias escolares  –  alternativas de lazer e entretenimento menos digitais e mais tradicionais

Não se desespere com as férias escolares das crianças. Tenha sempre em mãos um jogo de tabuleiro ou de cartas, um quebra-cabeça de no mínimo 500 peças, um bom livro de aventuras e uma lista de parques para visitar nos fins de semana.

 

JOGOS

Os jogos em família são uma maneira divertida de passar momentos juntos de um jeito descontraído, dinâmico e salutar. Eles entretêm, divertem a todos e além disso auxiliam no desenvolvimento infantil. É um jeito das crianças aprenderem brincando, pois os jogos trabalham a concentração, o raciocínio lógico, a criatividade e a interação social.

Tire do armário todos os jogos – os tradicionais de tabuleiros: damas, ludo, trilha. Vale também os jogos da memória, batalha naval, etc. Fica aqui a dica de alguns jogos divertidos testado e aprovado por diversas famílias, a começar pelo queridinho da minha família até hoje, que são todos adultos. Confira:

 

Jogos em famíliaRUMMIKUB

Um jogo antigo, que surgiu na década de 30. Jogam de 2 a 4 pessoas. O objetivo é ser o primeiro a baixar todas as pedras do suporte. Joga-se formando sequências numéricas de acordo com as regras. No Youtube você encontra muitos vídeos que ensinam a jogar.

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CARA A CARA

Joga-se apenas duas pessoas por vez, porém é possível organizar um campeonato para que toda a família participe. O objetivo do jogo é descobrir quem é a cara do outro jogador. É preciso usar o raciocínio para fazer perguntas inteligentes, uma vez que só é possível responder as perguntas com “Sim” ou “Não”. É preciso ficar atento às respostas para acertar a cara que o oponente tem no suporte. As crianças a partir de 6 anos gostam bastante desse jogo.

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Jogos em famíliaUNO

Podem jogar de 2 a 10 participantes. Cada um recebe 7 cartas, que são descartadas de acordo com a cor que está no monte das que sobraram. O objetivo é zerar as cartas na mão.

O detalhe é que o baralho pode ditar ações específicas, seja para fazer o próximo jogador receber mais cartas, inverter a ordem das jogadas ou mesmo pular a vez de quem jogaria a seguir, tudo para atrapalhar os demais de chegarem ao objetivo final. É um jogo portátil bem divertido e estimula o pensamento estratégico na hora de jogar as cartas! Os adolescentes apreciam muito este jogo.

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Jogos em famíliaJENGA

Uma vez que a torre tenha sido construída, o construtor deve iniciar o jogo. Uma jogada consiste em retirar um e apenas um bloco de qualquer andar que não esteja logo abaixo do andar incompleto mais alto. O bloco retirado deve ser posto no topo da torre, de modo que os blocos formem novos andares. Indicado a partir de 4 anos

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PERFIL

O jogo de tabuleiro Perfil é ideal para 2 a 6 participantes. Tente descobrir qual é o perfil secreto que está sendo perguntado para você a cada rodada. Preste atenção em cada uma das dicas, pois elas vão formar o Perfil da pessoa, da coisa, do animal ou do lugar que deve ser desvendado. São 20 dicas para os jogadores adivinharem quem é a Coisa, a Pessoa, o Animal ou o Lugar na cartela da rodada! Quando menos dicas você precisar, mais casas você anda no tabuleiro. Junte as peças desse enigma antes dos outros participantes e mostre que é capaz de descobrir de quem é o PERFIL!   Indicado a partir de 7 anos

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FÉRIAS ESCOLARES – o que não pode faltar

  • um divertido jogo de tabuleiro ou cartas
  • um quebra-cabeça com um tema alegre e colorido
  • um livro de aventura cativante
  • uma lista de parques

 

QUEBRA-CABEÇAS

Sobre os quebra-cabeças, vale ressaltar que as crianças em geral sentem fascínio por eles. São atraídas pela variedade de peças coloridas, e pelo desafio de montar a imagem da caixa. Montar quebra-cabeças desenvolve a atenção, a coordenação motora, estimula a capacidade de observação e comparação e o pensamento lógico.

Escolha um quebra-cabeça de uma bela paisagem natural ou de uma obra de arte alegre e colorida. Pesquise a indicação de faixa etária de acordo com a idade da sua criança.

Arrume uma mesa para deixar o quebra-cabeça exposto, com espaço suficiente para espalhar as peças. Isso facilitará a montagem, além de chamar a atenção da criança e despertar o desejo de montar. Reserve um período do dia para que a criança se dedique a esta atividade,  fazendo um pouco a cada dia.

Veja algumas sugestões:

 

Romero Brito

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Paisagem com moinho

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Van Gogh

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LIVROS

A leitura é  uma atividade de férias divertida e proveitosa. Ler nas férias é um excelente exercício de expansão de horizontes e conhecimento de si e do mundo.
A leitura amplia repertório, aumenta o vocabulário e enriquece a comunicação. Estabeleça com sua criança uma meta de leituras para as férias.

Aproveite para entreter a criança com um cenário diferente da paisagem urbana. Os livros podem despertar o apreço pela natureza. Uma boa história de aventura em ambientes naturais pode influenciar de maneira positiva as crianças e incentivar o interesse pelo mundo vivo. Confira algumas indicações de livros de aventura:

 

CINCO CRIANÇAS E UM SEGREDO

O livro conta as aventuras de cinco irmãos que, durante as férias, encontram um duende da areia. Essa criatura estranha e peluda passa a realizar um desejo das crianças a cada dia. Mas, uma vez realizados, os desejos colocam os meninos em grandes e divertidos apuros.

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TEIA DE CHARLOTTE

Em uma manhã de primavera, a garotinha Fern resgata um porquinho e o nomeia Wilbur. Vendido para o tio de Fern e mandado para a fazenda dele, o porquinho faz amizade com os animais de lá ― incluindo a gentil aranha Charlotte. Mas, quando Wilbur precisa enfrentar o cruel destino de sua espécie, Fern e Charlotte se juntam aos outros animais para bolarem um plano infalível e salvarem esse porquinho muito especial.

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A TURMA DA FLORESTA UMA BRINCADEIRA PUXA OUTRA

O livro narra as aventuras de um grupo de crianças que se reúne num parque do bairro para brincar. No decorrer da tarde, essa turminha inventa muitas brincadeiras e brinquedos com materiais naturais que encontram pelo parque, mostrando que a imaginação das crianças é o melhor brinquedo.

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O MENINO DO DEDO VERDE

O livro conta a história de um menino diferente que transforma tudo o que toca, suas impressões digitais causam reverdecimento e alegria. As proezas de seu dedo verde são originais. A mágica história de Tistu, garoto com raro poder de semear o bem por onde passa, é uma aventura fantástica com final singelo e extraordinário.

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Dia do livroO JARDIM SECRETO
A clássica história de Mary, uma órfã de 10 anos que vai viver com o tio em um casarão na Inglaterra. Lá encontra Dickon, um menino que conversa com as plantas e os animais, e Colin, um pequeno lorde, doente e isolado em um dos quartos. A amizade das crianças e o contato com a natureza operam uma surpreendente tranformação em todos da casa.

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PARQUES URBANOS

Aproveite o tempo livre nos finais de semana para um passeio gostoso em parques da sua cidade. Acesse o site da prefeitura e faça uma lista de parques próximos do seu bairro para ir com as crianças. Se você mora na cidade de São Paulo, confira os parques AQUI 

Nestas férias escolares programe a hora dos jogos em família,  um tempo para montar quebra-cabeça, e ainda o tempo da leitura. E não se esqueça de desfrutar momentos agradáveis ao ar livre, em contato com a natureza!

Bom divertimento e ótimas férias escolares!

Abraço caloroso

Ana Lúcia Machado

BRINQUEDO NÃO ESTRUTURADO – ENTENDA ESTE CONCEITO

BRINQUEDO NÃO ESTRUTURADO, você sabe o que é isto? Conhece o conceito dos materiais não estruturados?

Décadas atrás, crianças recorriam à imaginação e criatividade para que qualquer objeto do cotidiano pudesse se tornar um brinquedo. Desde que o universo da imaginação infantil foi invadido pela indústria dos brinquedos, as crianças tornaram se cada vez mais expectadoras passivas de brinquedos que fazem tudo sozinhos.

Entretanto, quanto menos coisas um brinquedo faz, mais coisas a mente da criança tem que fazer. Brincar de maneira livre, sem brinquedos prontos, exige mais da imaginação e criatividade da criança. Inventar o próprio brinquedo e brincadeira promove o desenvolvimento de habilidades físicas, manuais, cognitivas, sociais e até mesmo habilidades emocionais.

O QUE SÃO MATERIAIS NÃO ESTRUTURADOS?

Caixas de papelão, cones, carretéis, madeiras, tecidos, mangueiras, pneus, rolhas, elementos da natureza, argila, areia, entre outros.

Os materiais não estruturados são objetos da cultura, do cotidiano, e elementos da natureza que podem ser disponibilizados para a criança para que ela invente a própria brincadeira.

Para entender melhor o conceito de Brinquedo não estruturado, quero apresentar a Coleção Objetos Brinquedos composta por quatro livros infantis da autora Patrícia Auerbach:

 

 

O JORNAL

Neste livro-imagem inspirador, um menino viaja pelo mundo na sala de casa. O menino começa a explorar brincadeiras com as folhas do jornal que seu pai está lendo. A obra revela até onde vai a imaginação de uma criança ao transformar o jornal em aventuras incríveis ― de uma página para outra, o personagem vira surfista, aviador, cavaleiro e até pirata! O jornal do pai vira muitos brinquedos feitos pelo menino.

 

O LENÇO

Uma menininha curiosa pega um lenço da mãe na gaveta da penteadeira e transforma essa simples peça de vestuário numa brincadeira divertida. A cada página o lenço se transforma em diferentes brinquedos e brincadeiras revelando o mundo rico da imaginação da criança.

 

 

A GARRAFA

Nesse livro, a garrafa de plástico encontrada na pia da cozinha vai se transformando pelos olhos de uma criança muito curiosa. Carrinho, foguete, megafone, tromba de elefante e orelhas de coelho, são algumas das possibilidades que se multiplicam quando, na lata de lixo reciclável, várias outras garrafas são encontradas. Outras coisas são criadas pela criança a partir do objeto garrafa.

 

A PANELA

Vasculhando o armário de panelas de casa, duas crianças sem nada para fazer se transformam em alpinistas, encantadores de serpentes, músicos, jogadores de basquete… As panelas e suas tampas ganham vida nas mãos das crianças, com utilidades diferentes do uso comum do dia a dia.


Coisas nascem de coisas!  E quantas coisas a imaginação da criança é capaz de inventar com objetos do dia a dia que estão à nossa volta? Ou com elementos naturais que as crianças podem recolher na natureza? A graça para a criança ao brincar está em subverter os objetos e transformá-los em brinquedos, em algo diferente e novo.

LEIA TAMBÉM: Livro do Educador brincando com a natureza

Que a leitura dos livros indicados possam auxiliar os adultos na compreensão da importância do brinquedo não estruturado para as brincadeiras e inspirar as crianças para muitas invenções!

Abraço carinhoso

Ana Lúcia Machado