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Criança e Natureza

BRINCADEIRA DE COMIDINHA – UM CLÁSSICO DA INFÂNCIA DE TODOS OS TEMPOS

A brincadeira de comidinha é um clássico da infância que atravessa gerações de diferentes culturas e lugares do mundo. Basta um pedacinho de chão de terra, num parque, praça, no pátio da escola, no quintal de casa ou até mesmo a terra de um vaso de planta da varanda ou da sala.

É preciso também uma pá para escavar e recolher a terra, recipientes e água, para que então, as crianças coloquem a mão na massa no preparo de tortas, bolos e bolinhos. Suas mãozinhas hábeis não só imitam o ato de cozinhar assimilado pelo que veem na família e na escola, como usam a imaginação e criatividade para inventar novos formatos para as criações culinárias.

O bolo pode ser de aniversário, todo decorado, o preferido das crianças, mas também pode ser um bolo comum, apenas para o lanche da tarde, em um faz de conta cheio de encantamento.

Cada criança tem a sua receita. Algumas delas misturam uma medida de terra para meia medida de água. Se a consistência da massa ficar muito mole, elas acrescentam mais terra, ou se ficar muito seca, colocam mais água.

Algumas receitas incluem outros ingredientes, uma vez que na natureza a criança encontra à disposição uma gama de elementos naturais para enriquecer a brincadeira – folhas viram cobertura, sementes e flores viram decoração, gravetos viram vela para soprar na hora de cantar parabéns. E toda essa diversidade de materialidade da terra é estímulo multissensorial – diferentes texturas, cores, aromas, temperaturas e formas.

BRINCADEIRA DE COMIDINHA E SUA RESSONÂNCIA

É desta maneira simples que acontece a brincadeira de comidinha. A profundidade da experiência que essa brincadeira propicia é fantástica, cheia de aprendizado! Com ela as crianças aprendem sobre medidas, quantidades, pesos, proporções, e reações de misturas. A variedade de experiências possíveis é enorme – inclui investigar, testar, repetir, experimentar, classificar, denominar, servir.

Imagem: Centro de Referência em Educação Integral

A brincadeira de comidinha estimula o movimento da criança e gera uma multiplicidade de ações. Por meio dela a criança irá recolher os materiais, encher recipientes de terra e água, irá transportar os recipientes de um lugar ao outro, irá misturar, medir, acrescentar, derramar a água, etc.

Além disso, a brincadeira de comidinha aguça a capacidade analítica da criança ao avaliar quando é necessário acrescentar determinado ingrediente para alcançar seu objetivo. É uma brincadeira que também promove interações sociais intensas nas parcerias, compartilhamentos, conversas e negociações feitas no decorrer da brincadeira.

A pesquisadora da infância, Renata Meirelles, mostra a brincadeira de comidinha em seu livro ‘Cozinhando no quintal’. Com fotos e receitas feitas com flores caídas no chão, grama picada, entre muitos outros ingredientes, a publicação reafirma a potência do brincar na e com a natureza.

Renata e seu marido, o documentarista David Reeks, percorreram o Brasil de norte à sul durante dois anos, coletando registros das nossas crianças em suas brincadeiras de comidinha. O livro é emocionante e inspirador!

Outra publicação que mostra a brincadeira de comidinha, é o livro recém lançado pela Editora Ameli: ‘Livro da Lama: como fazer tortas e bolos’, de John Cage (Autor), Lois Long (Ilustradora).

Neste livro, temos o modo de preparo de diferentes receitas de bolos e tortas feitos de lama. Para os autores, pessoas apaixonadas pela terra, fazer uma torta de lama é nos conectar com a arte em um ato singelo e de criação, que une todas as crianças em suas mais diversas culturas e diferenças – um instante presente e especial particular pertencente a infância de cada um de nós.

A brincadeira de comidinha é uma brincadeira completa, rica e de uma simplicidade ímpar! É uma brincadeira que conecta a criança à natureza, desenvolve um senso estético e cria memórias afetivas de contato com a terra.

Que adulto não tem no baú de recordações da infância a lembrança dessa brincadeira? Da cozinha de casa para o quintal, carregávamos panelas, colheres de pau, pratos de porcelana e toalhinhas de renda para dar vida a comidinha de ‘mentirinha’ – o pulsar da verdade da cultura da infância. E alí no cantinho quintaleiro, instalávamos no chão de terra a nossa cozinha para o preparo de pratos que saciavam a fome da alma.

Hoje, conscientes da importância desse tempo lúdico, precisamos oportunizar essa brincadeira mágica para nossas crianças e acreditar que a natureza é o melhor brinquedo. Precisamos disponibilizar tempo livre, ambiente natural e acesso a utensílios de cozinha que não usamos mais, como peneiras, funis, forminhas, para tornar a brincadeira mais divertida. Precisamos facilitar a relação criança e natureza!

Vamos lá, mão na massa e bom apetite!

Abraços

Ana Lúcia Machado

O MAIOR BRINQUEDO DO MUNDO

maior brinquedo

Você conhece o maior brinquedo do mundo? Sabia que o graveto é considerado o maior brinquedo do mundo segundo uma pesquisa de 2013 da Universidade do Colorado? Quem nunca se deparou com uma criança brincando com gravetos num parque? Quem nunca voltou de um passeio ao ar livre com uma criança carregada de gravetos? Quem nunca brincou com gravetos na infância? Já parou para pensar em quantos brinquedos diferentes um simples graveto pode se transformar nas mãos das crianças?

Desde que publiquei o livro ‘A Turma da Floresta uma brincadeira puxa outra’, venho observando a relação das crianças com os gravetos em suas brincadeiras e pesquisando o potencial lúdico e artístico desse elemento natural. Na história da Turma da Floresta, os gravetos se transformam em espada, varinha mágica, cavalos, vara de pescar, e muitos outros brinquedos e brincadeiras nas aventuras da criançada no parque.

Quando falamos sobre as brincadeiras infantis, estamos falando da potência do agir da criança, falamos de uma criança ativa, criativa e protagonista. Brincar é algo dinâmico e para as crianças tudo pode ser brinquedo.

Quando falamos sobre brincar com gravetos, ampliamos as possibilidades do universo lúdico infantil. Aos olhos da criança o graveto não é um galho de árvore apenas. Como a criança vê o graveto?

Para as crianças os elementos da natureza são versáteis e podem ser transformados durante as brincadeiras, por meio do faz de conta, e da construção de brinquedos. É assim que elas conhecem a si mesmas, interagem com seus pares e apreendem o mundo. É desta forma que desenvolvem o pensar criativo também, fazendo dos materiais não estruturados laboratório de experimentos e pesquisas lúdicas.

O graveto é um material aberto, isto significa que ele pode assumir os mais variados usos e funções nas brincadeiras infantis. Aos olhos das crianças os gravetos são brinquedos! Eles estão sempre disponíveis para virarem outra coisa nas mãos delas.

Os gravetos são diferentes um do outro. De acordo com sua forma, espessura, comprimento, etc, as crianças vão atribuindo significados particulares a cada graveto encontrado. De bengala vira rapidamente um ponto de exclamação tornando se o maior brinquedo do mundo! É a natureza pedindo para entrar na brincadeira também!

O que faz do graveto um material tão atrativo aos olhos das crianças e tão mágico em suas mãos? Em contato com este material, a imaginação é alimentada, acionando a criatividade e desencadeando a produção de brinquedos e brincadeiras pelas crianças.

Além do potencial lúdico, o graveto aguça a sensibilidade para as possibilidades artísticas da natureza. Muitos artistas utilizam troncos de árvores e gravetos como matéria prima de suas obras, tais como o escultor sergipano Cícero Alves da Silva, conhecido como Véio, ou ainda a artista plástica Leani Ruschel, que aproveita a derrubada de árvores, a poda de plantas e faz deles a base de sua arte.

POR QUE O GRAVETO É O MAIOR BRINQUEDO DO MUNDO?

Em primeiro lugar pela facilidade de acesso a esse elemento da natureza e sua gratuidade, e ainda porque o graveto:

– permite que a criança seja ativa e não uma expectadora diante dele

– provoca a imaginação criadora da criança

– abre possibilidades de atuação da criança, com a criação de brinquedos e brincadeiras

Ele se transforma no que a criança quiser!

COMO BRINCAR COM O MAIOR BRINQUEDO DO MUNDO?

-Encontre um lugar para explorar: um parque, uma praça, um jardim

-Procure por gravetos

-Use-os para fazer círculos, espirais, criar padrões como de uma mandala, empilhar, etc

Você pode fazer uma coleção de gravetos e experimentar criar muitas brincadeiras e brinquedos. Confira algumas possibilidades:

JOGO DA VELHA

Um jogo popular muito antigo, datado do século XIV antes de Cristo, no Egito, que tem como objetivo posicionar as peças de modo que formem uma linha reta. É um jogo simples e rápido.

Formam-se duplas para a brincadeira. Os gravetos são dispostos em uma superfície plana de modo que formem três linhas e três colunas. Cada criança escolhe um único símbolo (pedrinhas ou folhinhas). Os espaços em branco dessas linhas e colunas serão preenchidos com o símbolo escolhido. O objetivo é preencher as linhas diagonais ou as horizontais ou as verticais com um mesmo símbolo e impedir que a criança parceira faça isso primeiro.

Materiais necessários: 4 pedaços de gravetos, 5 pedrinhas, 5 folhinhas

JOGO DE EMPILHAR

Um jogo divertido em que cada participante coloca um graveto sobre o outro para formar uma torre.

O jogo começa com uma dupla de gravetos sobre uma superfície plana dispostos um ao lado do outro numa distância de uns 5 cm. Cada criança deverá acrescentar um graveto com o objetivo de levantar uma torre. O desafio é colocar com cuidado cada graveto para que a torre não desmorone.

Materiais necessários: vários gravetos mais ou menos do mesmo comprimento e espessura.

PINTURA DE GRAVETOS

Criação de duendes guardiões da natureza para espalhar no ambiente externo da casa – na grama do jardim ou num pedacinho de terra do quintal, e também em vasos de plantas da área interna da casa

Materiais necessários: vários gravetos, tinta e pincel.


Então, vamos transformar gravetos em possibilidades brincantes? O graveto pode transcender o objeto e virar verbo, ação – vamos gravetar com as crianças? É só deixar a imaginação voar e desfrutar do maior brinquedo do mundo!

Aproveito para fazer um convite: dia 25/08 às 19h30 acontecerá o ESTUDO INFINITUDES DO GRAVETO – UM BRINQUEDO POR NATUREZA

Participe, faça sua inscrição até o dia 19/08 e aplique cupom promocional estudoetm

Eu espero você!

Abraços brincantes

Ana Lúcia Machado

ESCOLAS SEM PAREDES – aprendizagens ao ar livre

escolas sem paredes
Escola Àgora

Escolas sem paredes – hoje quero falar sobre um jeito diferente de ser escola. A ideia que educação se restringe a disciplinas, conteúdos, livros, cadernos, lápis, e carteiras enfileiradas entre quatro paredes, tem sido desbancada por instituições educacionais que pensam e fazem diferente.

Estou falando de escolas que nasceram numa concepção de integração com a natureza sob a perspectiva de uma educação conectada à vida. A escola como encontro e confronto com a natureza potencializando o desenvolvimento integral da criança e promovendo aprendizagens significativas.

Estas escolas entendem que um modelo de educação que não considera a relação com a natureza como base da formação dos educandos, que não leva a criança para a natureza e a natureza até a criança, está na contra mão da visão do ser humano integral, da verdadeira educação ambiental e do desenvolvimento para a sustentabilidade.

As escolas de hoje estão sendo desafiadas a romper com o velho modelo de sala de aula e a despertar para o potencial educador da natureza, reconhecendo outros territórios educativos como ambientes de aprendizagens. 

Em contato com a natureza as crianças aprendem sobre os princípios que regem a vida na Terra – seus ciclos de nascimento, vida e morte, fluxos, processos evolutivos, o que a leva a compreensão de si, do outro, do seu meio e das suas relações.

A interação da criança com a natureza melhora o desenvolvimento intelectual, incentiva o pensamento crítico, a inteligência emocional, o trabalho em equipe, e a capacidade de resolução de problemas.

A exploração dos espaços ao ar livre oferece oportunidades educativas muito mais efetivas e perduráveis para as crianças e jovens, é o que afirma  a britânica Juliet Robertson, consultora educacional especializada em educação ao ar livre e autora do livro ‘Educar fuera del sala’. Robertson diz que todo o currículo pode ser ensinado fora da sala de aula, acredite.

Quem defende também as escolas sem paredes é o jornalista e especialista em advocacia pela infância, Richard Louv, autor do livro ‘A última criança na natureza’. Louv argumenta que os professores deveriam libertar as crianças da sala de aula para que por meio da relação das crianças com a natureza seja inaugurada uma nova educação.

Pastas cheias de atividades não são mais importantes que as experiências vividas e os conhecimentos incorporados pelas crianças. Toda essa papelada de atividades pode não representar aprendizagens. A criança precisa ver e tocar as materialidades da terra,  precisa sentir aromas, ouvir sons, desfrutar sabores no mundo real.

Thomas Berry adverti que

ensinar às crianças sobre o mundo natural deveria ser tratado como um dos eventos mais importantes da vida delas

A educação ao ar livre é ainda um grande desafio para as escolas no Brasil, por isso selecionei 7 escolas inspiradoras que priorizam a relação e o aprendizado ao ar livre, em conexão com a natureza.

ESCOLAS

SEM PAREDES

1.ESCOLA MAGIA DO SABER, Florianópolis SC
96.000 m² de área verde, a natureza como espaço educador

2.CASA REDONDA, Carapicuíba SP
um espaço na natureza, aberto ao encontro sensível com a vida

3.ESCOLA ÀGORA, Cotia SP
muitas árvores e fauna tendo a natureza como propulsora do brincar e aprender

4.ESCOLA WALDORF DENDÊ DA SERRA, Serra Grande BA
cercada de matas e rios, a natureza é palco do desenvolvimento integral e aprendizado das crianças

5.COLÉGIO VIVER, Cotia SP
todo espaço é lugar de aprendizagem em meio a uma extensa área verde

6.TE-ARTE, São Paulo SP
o tempo e a essência da criança respeitados, orientam a educação numa comunhão com a natureza.

7.ESCOLA OFICINA PINDORAMA,  Vargem Grande Paulista SP
pomar, horta, jardim, animais livres onde a criança aprende na interação com a natureza, o mundo e a sociedade.

Você conhece outras escolas sem paredes? Conte aqui nos comentários.

Abraço e saúde

Ana Lúcia Machado

BRINCAR SEM PLÁSTICO – brincar na e com a natureza

Brincar sem plástico

Brincar sem plástico é nosso desafio em julho, mês dedicado à redução do uso de materiais plásticos, em especial os descartáveis de uso único.

Você sabia que em julho acontece uma campanha global denominada “Julho sem plástico”?  A campanha tem por objetivo diminuir o uso e o descarte de plástico no planeta. Esse movimento começou em 2011 com a Ong australiana Plastic Free Foundation pedindo para as pessoas, durante o mês de julho, evitarem o uso de plásticos descartáveis, de uso único ou de curto prazo. O sucesso da iniciativa ganhou adeptos por todo o mundo.

Pegando carona neste movimento, Educando Tudo Muda propõe a reflexão sobre a presença do plástico no brincar da criança, e o desafio do brincar sem plástico,  sugerindo algumas ações para diminuir a quantidade de brinquedos plásticos visando a redução da produção e consumo desse material e  incentivando o brincar livre na e com a natureza.

Por que aderir ao movimento brincar sem plástico?

Brincar sem plásticoA poluição plástica é hoje uma das principais causas de agressão ao meio ambiente e à saúde dos seres viventes. Pesquisa recente do Instituto Alana, conduzida pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Química Verde, Sustentabilidade e Educação (GPQV), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), apresenta importantes dados que alertam sobre os brinquedos de plástico e seu impacto na saúde das crianças e do meio ambiente.

Muitos utensílios infantis de uso diário são feitos desse material: mamadeiras, chupetas, copos, pratos e principalmente brinquedos. Sabemos que 90% dos brinquedos fabricados no mundo são feitos de plástico e que nem todo tipo de plástico é adequado para a produção de brinquedos. Algumas substâncias utilizadas na fabricação desses produtos são potencialmente tóxicas, cancerígenas e causadoras de distúrbios hormonais nas crianças.

Outro agravante são aqueles brinquedos de origem duvidosa, de fácil aquisição e baixo custo, brinquedos comercializados ilegalmente, sem certificação do INMETRO.  São brinquedos de baixíssima qualidade que quebram facilmente e logo são descartados indo parar no lixo em curto tempo.

 

Você sabe avaliar o que é um bom brinquedo para a criança? 

Brinquedo precisa ser de plástico? 

É preciso brinquedo para brincar? 

Com quantos brinquedos se faz uma infância feliz?

 

Para não cometer excessos, cair em modismos ou subestimar a capacidade criativa das crianças, precisamos entender a relação das crianças com os brinquedos.

Quanto menos estruturado e cheio de detalhes for o brinquedo, mais ele exigirá da criança e permitirá o uso da imaginação e criatividade. Quanto mais simples ele for, maior a liberdade da criança em transforma-lo em outras coisas de acordo com o enredo das suas brincadeiras.

Brincar sem plásticoSob o ponto de vista da imaginação e criatividade infantil, os brinquedos industrializados feitos de materiais sintéticos, criam uma situação de passividade na criança, provocam um certo “empreguiçamento” e empobrecimento da vida interior. Uma vez que esses brinquedos são desenvolvidos com funcionalidades específicas, entregam nas mãos da criança um produto rígido, limitando a atuação infantil, e na maioria das vezes fazendo dela mera expectadora ou executora.

Em termos de estímulos sensoriais, o plástico é um material extremamente limitado e pobre para o desenvolvimento infantil – sem cheiro; é frio e liso ao tato; é leve, possui tamanho desproporcional ao peso; de cor forte e antinatural.

Na concepção do artista plástico e teólogo Gandhy Piorski, autor do livro Brinquedos do Chão, “o plástico é um imitador de realidades que induz a criança a falsas sensações distanciando-a dos processos de aprendizagens do mundo vivo”.

Susan Linn, psicóloga norte-americana, autora do livro  ‘Crianças do consumo: a infância roubada’, afirma que uma boa brincadeira é 90% a criança e 10% brinquedo. Os brinquedos industrializados, os brinquedos prontos,  fazem exatamente o inverso: sobrepõem-se a potência da criança e ao seu protagonismo.

Indo ainda mais fundo nesta questão, a escritora britânica Jay Griffiths, em seu livro “Kith – the riddle of the Childscape”, afirma que “as crianças que brincam apenas com brinquedos industrializados têm um oco interior que não pode ser suprimido pelo seu próprio brincar e por sua imaginação, criando uma relação de dependência da indústria do entretenimento para sua satisfação constante.”

 

NATUREZA, O MAIOR E MELHOR PARQUE DE DIVERSÕES E BRINQUEDOS

Brincar sem plásticoOs ambientes naturais, ricos em áreas verdes, são fonte de um brincar criativo. Sabemos o quanto o brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil e a saúde da criança. Entretanto é preciso ressaltar que a potência da atividade lúdica se encontra na própria criança e não apenas nos brinquedos.

É necessário oferecer a criança tempo e espaços que favoreçam o brincar. E não existe lugar mais positivo para isso do que a natureza, o melhor brinquedo. Nela encontramos os estímulos mais ricos e completos para o desenvolvimento integral da criança.

Brincar em espaços naturais coloca a criança diante do potencial lúdico da natureza e expõe os pequenos à riqueza e diversidade dos elementos naturais, propiciando infinitas possibilidades de brincadeiras e invenção dos próprios brinquedos com o que a natureza oferece – gravetos, sementes, folhas, etc.  Brincando com a natureza a criança explora um campo fértil para o exercício da criatividade. As materialidades telúricas são provocadoras, nutrem a imaginação criadora e a vida anímica da criança.

Um passeio na mata, uma caminhada no parque, praça ou jardim, num lugar bonito com pássaros, árvores, plantas, flores, terra úmida e insetos, aguça a curiosidade infantil. Cheiros novos, sons de pássaros, do vento, das folhas secas. Formas diferentes de folhas, cores variadas de flores. Observar formigas, lagartas, minhocas, musgos, líquens, diversos seres vivos fascinantes para a essência curiosa e exploratória da criança.

Andar na lama, na chuva. Acompanhar borboletas, subir em árvores, correr entre elas ou se esconder, colher frutos, pegar pedras. Construir brinquedos e composições artísticas com objetos da natureza, dar asas à imaginação. Tudo isso são possibilidades encantadoras dos brinquedos oferecidos pela terra. De forma que ao término da brincadeira, em uma autêntica logística reversa, tudo pode retornar para a natureza decompondo se, e gerando mais vida.

Podemos fazer escolhas simples em prol da saúde da criança, mas para isso é necessário atitudes firmes frente aos apelos de consumo da publicidade das empresas fabricantes de brinquedos. Se estivermos convictos dos efeitos negativos deste excesso de plástico na vida da criança e das consequências para o meio ambiente, tenho certeza que será mais fácil dizer “não” para o próximo brinquedo de plástico.

A saúde da criança e do meio ambiente dependem da nossa reconexão com a natureza em todos os âmbitos da vida e da ética do cuidado a todos os seres viventes.

 

COMO MUDAR HÁBITOS E PROMOVER O BRINCAR SEM PLÁSTICO?

Brincar sem plástico – a mudança começa com pequenas atitudes e cada um de nós pode fazer a diferença.  A conscientização sobre nossos atos e hábitos é o primeiro passo. Comece analisando a quantidade de brinquedos de plástico que você tem em casa. Essa análise também é válida para as escolas, principalmente as escolas de Educação Infantil.

Algumas atitudes podem contribuir para as mudanças que queremos ver no mundo:  o incentivo ao brincar livre na natureza, a aquisição de brinquedos feitos de outros materiais, a redução do consumismo de brinquedos plásticos, o aumento da vida útil dos brinquedos de plástico que as crianças já possuem por meio do incentivo a práticas de trocas, empréstimos e doação de brinquedos, a adoção de brinquedos coletivos, etc. Veja algumas sugestões:

 

1.Promova o brincar livre na natureza – no quintal de casa, jardim, praças ou parques públicos

2.Incentive as crianças na criação de seus próprios brinquedos, como faziam nossos antepassados, utilizando elementos naturais: gravetos, sementes, folhas, pedras. Vale também papelões, rolhas, tecidos, revistas e jornais – reutilize esses materiais

3.Opte por outros materiais ao adquirir brinquedos novos para as crianças, como os brinquedos artesanais, educativos – brinquedos de madeira de reflorestamento, de feltros, bonecas de pano, etc

4.Reduza os brinquedos plásticos deixando disponíveis apenas aqueles com os quais a criança brinca com maior frequência, os seus favoritos

5.Dê um novo destino aos brinquedos mais velhos ou aqueles com os quais a criança não brinca mais, doando-os para instituições. Isso prolongará a vida útil do brinquedo, evitando o descarte

6.Faça os brinquedos circularem entre as crianças organizando feiras de trocas

7.Incentive o empréstimo de brinquedos entre amigos da escola, vizinhança e familiares

8.Adote a prática do brinquedo coletivo entre irmãos e primos, valorizando o acesso em detrimento da posse

9.Leve os brinquedos quebrados aos hospitais de brinquedos para serem recuperados ou doe para serem customizados

10.Descarte adequadamente os brinquedos que não têm mais conserto e/ou cobre dos fabricantes a logística reversa

11.Converse com sua família e amigos sobre o movimento brincar sem plástico e comunique a sua decisão de reduzir o uso de brinquedos de plástico para obter apoio

12.Compartilhe em suas redes sociais fotos, vídeos de dicas de brinquedos feitos de outros materiais, e das crianças brincando na e com a natureza usando #brincarsemplastico para atrair mais adeptos

Brincar sem plástico – esse é sem dúvida um grande desafio para as famílias e para as escolas. Sabemos que não eliminaremos o plástico de nossas vidas totalmente, mas podemos refletir sobre seu uso, nossas escolhas e o consumo de maneira ética.  Precisamos nos unir por um mundo com menos resíduos, em prol da saúde da criança e do planeta. Adote o #brincarsemplastico em sua casa e em sua escola, e incentive o brincar na e com a natureza.

 

CONVITE ESPECIAL: Cadastre-se para receber nossa newsletter e baixar gratuitamente o e-book  ‘Brincando com os 4 elementos da natureza’. Conheça as demais publicações ‘A Turma da Floresta uma brincadeira puxa outra’ e ‘Livro do Educador brincando com a natureza’.  Acompanhe o Educando Tudo Muda pelo Instagram @educandotudomuda

 

Abraço afetuoso e saúde

Ana Lúcia Machado

 

MAIS NATUREZA NO COTIDIANO DA CRIANÇA

É possível colocar mais natureza no cotidiano da criança mesmo morando nos centros urbanos. Muitas vezes basta abrir a janela e aguçar a percepção para descobrir um mundo real que exala aromas, floresce, frutifica, emite sons nativos, e possui sabores variados.

A natureza em si potencializa o desenvolvimento da criança nos âmbitos biopsicossociais e espirituais. Na natureza encontramos os estímulos mais ricos e completos necessários para o desenvolvimento integral e saudável dos pequenos.

Entretanto somos cada vez mais atraídos pelo mundo criado pelo homem  e sofremos as consequências do afastamento  da natureza. Com rotinas cada vez mais desnaturalizadas, pelo predomínio da alta tecnologia, das máquinas que fazem tudo e entregam tudo pronto para nós, é preciso equilibrar a balança entre o virtual e o real, levando mais natureza no cotidiano da criança, conectando-a a vida.

 

Como colocar mais natureza no cotidiano da criança?

Veja algumas sugestões:

 

Mãos na terra

As plantas dentro de casa enchem os ambientes de cores, aromas, oxigênio e nos aproximam dos ciclos das estações do ano. Plante com a criança grãos de feijão para que possa acompanhar seu processo de germinação e crescimento a cada dia. Cultive também ervas aromáticas e medicinais, para uso na culinária e para algum mal estar eventual de um membro da família. Atribua à criança a responsabilidade de regar os vasos de plantas dentro e fora de casa.

 

 

Pés na terra

Deixe a criança de pés descalços em contato direto com a energia da terra, exposta a diferentes texturas: areia, grama, folhas secas, pedrinhas, lama. Segundo a medicina chinesa, na sola dos pés estão localizados pontos que correspondem aos órgãos vitais e regiões de todo corpo, que são massageados de forma natural ao tocarem o solo, resultando em bem estar e saúde.

 

O céu diurno

Observe a movimentação das nuvens. A cada minuto uma nova forma se configura no céu. Nuvens formam animais, objetos, paisagens, etc., que rapidamente vão se  transformando em diferentes coisas. A mesma brincadeira, de encontrar coisas, pode ser feita olhando entre os vãos da vegetação das copas das árvores. O vento vai deslocando a folhagem dos entroncamentos criando assim desenhos diferentes.

 

O céu noturno

Acompanhe o ciclo lunar. Se encante com o brilho e luminosidade da lua cheia. Com um binóculo observe também as estrelas.

 

mais naturezaBichos de jardim

Por menor que possa ser o seu quintal, nele a criança pode encontrar minhocas, formigas, borboletas, besouros, passarinhos, e aprender muito com a natureza.

 

 

Fenômenos naturais

Contemple o pôr do sol, a chuva que cai lá fora. Deixe a criança tomar um banho de chuva. Observe o vento arrastando as folhas e agitando os galhos das árvores. Tudo isso coloca a criança em contato com a energia da natureza.

 

O potencial lúdico da cozinha

Chame a criança para ajudar  a descascar e lavar legumes e frutas; amassar e misturar, sentindo o delicioso aroma dos temperos enquanto a comida está no fogo. A cozinha é lugar de memórias afetivas e  de riqueza de estímulos sensoriais  –  formas e texturas, cores dos alimentos,  aromas e sabores. As sobras de cascas, as sementes e folhas, podem ser aproveitadas para brincadeiras de comidinhas e até mesmo confecção de brinquedos. Não despreze esses materiais orgânicos, são matérias primas para a imaginação e criatividade nas mãos da criança.

 

Animais de estimação

Atribua à criança os cuidados dos animais domésticos. Isso contribui para o aumento da sua autoestima, para sua capacidade de empatia e habilidades sociais.

 

mais naturezaBanho de sol

Garanta uns 20 minutinhos de banho de sol todos os dias. As crianças precisam de sol. A exposição aos raios solares traz inúmeros benefícios para a saúde.

 

 

Livros e histórias sobre a natureza

Ao ir para a cama, aproveite para contar histórias sobre animais, plantas, lugares de natureza exuberante, e sobre aventuras na natureza. Há muitos livros sobre o mundo natural  que despertam o interesse da criança pelos animais e pelas plantas, aproximando a criança da natureza.

 

O norte-americano Richard Louv, jornalista e ativista pela infância,  em seu livro A última criança da natureza diz que

“um círculo cada vez maior de pesquisadores acredita que a perda do habitat natural, ou a desconexão com a natureza, mesmo quando ela está disponível, tem implicações enormes para a saúde humana e o desenvolvimento infantil. Eles dizem que a qualidade dessa exposição afeta nossa saúde em um nível celular”.

O documentário O Começo da Vida 2: Lá Fora aponta as consequências da falta de natureza no cotidiano das crianças e adolescentes. O filme é um alerta sobre a urgência de transformação das cidades e escolas em espaços mais verdes e amigáveis à infância. O documentário pode ser visto na Netflix e nas principais plataformas digitais – Videocamp, iTunes, Google Play, Youtube, , Net Now e Vivo Play. Assista o trailer oficial do filme AQUI

Vamos então nos mobilizar no desafio de colocar mais natureza no cotidiano da criança?

Abraço caloroso

Ana Lúcia

 

 

Brincar na natureza – brincadeiras de criança

Brincar na natureza

Brincar na natureza como potência de vida

Talvez você não saiba, mas o melhor brinquedo do mundo para as crianças é a própria natureza – brinquedo bom, bonito, barato e ao alcance de todos. Além do mais, brincar na natureza é essencial para a saúde e o desenvolvimento integral da criança.

Mas parece que estamos esquecidos do quão relaxados ficamos quando colocamos os pés na terra, tomamos sol, sentimos o vento no rosto ouvindo o canto dos pássaros e o farfalhar das folhas secas enquanto caminhamos.

Nos encontramos tão afastados do contato com o mundo natural que brincar na natureza virou até recomendação médica. Hoje pediatras receitam natureza para seus pequenos pacientes – doses diárias de exposição a ambientes naturais, passeios em parques e praças, banho de sol e brincadeiras ao ar livre.

devolvam o tempo de brincar na educação infantilEstá comprovado que crianças que brincam na natureza têm menos riscos de sofrer de ansiedade, depressão, problemas cardiovasculares e respiratórios, obesidade, diagnósticos de TDAH, dislexia, entre outros.

Atividades corporais livres e espontâneas como correr, pular, saltar, rolar, escorregar, girar, subir e descer morros, trepar em árvores, etc, são essenciais nos primeiros anos de vida que correspondem ao desenvolvimento do sistema sensório-motor.

Brincar é um impulso da criança, como uma força da natureza. Brincando a criança se desenvolve de forma integral, conhece sobre si, o outro e o mundo.

” Brincar é a maneira pela qual as crianças adquirem estrutura física, emocional, intelectual e social. Ao brincar é possível praticar as habilidades que serão necessárias para a vida adulta” – Peter Gray 

O QUE POTENCIALIZA O BRINCAR?

  • Brincar livre – não direcionado por adultos
  • Brincar na natureza – parque, praça, jardim
  • Brincar com elementos naturais – gravetos, folhas, sementes, pedras, etc

A qualidade do brincar na natureza é carregada de significado e incomparável, pois a energia viva advinda do mundo natural impregna a organização corpórea da criança gerando saúde e bem estar.

Brincar substrato para a vidaEm contato com o mundo natural as crianças brincam ao mesmo tempo que aprendem sobre ciclos de vida e morte, fluxos vivos, ritmos e processos dinâmicos, e sobretudo criam vínculo afetivo com a mãe Terra, tornando-se cuidadores do meio ambiente.

Richard Louv, uma das maiores autoridades mundiais no tema criança e natureza, autor do livro ‘A última criança na natureza’, afirma que se quisermos promover a saúde e bem estar da nossa espécie precisaremos equilibrar a balança entre o tempo que passamos em ambientes fechados, de frente para as telas, e o tempo que dedicamos a atividades ao ar livre, em contato direto com a natureza.

Louv, cunhou o termo ‘transtorno de déficit de natureza’ para ALERTAR sobre o estilo de vida contemporâneo que está levando as crianças a crescer distantes do meio ambiente e de seus processos de vida, gerando vários problemas físicos e mentais.

 

BRINCADEIRA DE CRIANÇA

Uma das brincadeiras de criança mais gostosas é a de fazer comidinhas com elementos naturais – flores, folhas, sementes, misturado com terra e um pouquinho de água.

Saia com elas à procura dos ingredientes num passeio descontraído pelo parque ou praça recolhendo folhas, flores, sementes, soltas pelo chão. Tenha à mão alguns potes e deixe as crianças livres para fazer bolos, tortas e muitas comidinhas saborosas!

Esta brincadeira, que faz parte da cultura da infância, foi registrada pela educadora e roteirista Renata Meirelles. Ela rodou o Brasil pesquisando as brincadeiras das nossas crianças que resultou num lindo livro – ‘Cozinhando no quintal’.

Biblioteca verdeO livro revela a potência do brincar na natureza e como as crianças utilizam os elementos naturais na brincadeira de fazer comidinha – com fotos e receitas feitas com flores caídas no chão, grama picada e sal de fim de churrasco, entre muitos outros ingredientes.

Desejo muitas brincadeiras divertidas para vocês!

 

Abraço e saúde

Ana Lúcia Machado

 

APREÇO PELA NATUREZA – LIVROS QUE INSPIRAM AMOR PELA NATUREZA

Apreço pela natureza

O apreço pela natureza pode ser incentivado desde muito cedo na vida de uma criança de diversas maneiras.

COMO INCENTIVAR O APREÇO PELA NATUREZA?

Incentivar o apreço pela natureza por meio da leitura e contação de histórias na infância, é despertar o amor pelo mundo natural, é formar cidadãos que verdadeiramente se importarão com a preservação do meio ambiente na vida adulta.

Os livros podem despertar o apreço pela natureza. Uma boa história de aventura em ambientes naturais pode influenciar de maneira positiva as crianças e incentivar o interesse pelo mundo vivo.

Livros que mostram a vida vegetal e animal também são estímulos para o apreço pela natureza.  Com eles as crianças podem aprender como vivem os bichos e as plantas, e sentirem-se estimuladas a  observar a natureza ao redor, até mesmo aquele capinzinho que  insiste em brotar entre as fendas das calçadas na cidade.

Muitos adultos que sentem apreço pela natureza recordam-se de livros e histórias sobre o mundo natural lidos na infância. Livros que falam sobre a natureza, ajudam a formar uma visão de mundo sistêmica, de vida sustentável, que contribuem para a alfabetização ecológica das crianças.

Somos seres biofílicos – sentimos apego ao mundo natural e seus seres viventes.  A natureza nos acolhe e fortalece nosso senso de filiação e pertencimento.

Lembro com muita alegria a leitura que fiz quando menina, do clássico  O menino do dedo verde de Maurice Druon. Publicado originalmente em 1957, é considerada uma obra inovadora por ser a primeira a tratar de ecologia. Rico em simbologias, o livro ultrapassa os limites da ecologia para abordar temas profundos do florescimento humano.  Druon apresenta um menino que rompe os muros da escola para conhecer o mundo na prática, aprender com a vida real – a melhor escola.

Você se recorda de algum livro lido, quando criança, que tenha influenciado positivamente sua relação com o mundo natural?

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Apreço pela naturezaEntão, que tal inspirar o apreço pela natureza por meio dos livros e incentivar a leitura ao ar livre?

LIVROS QUE INSPIRAM APREÇO PELA NATUREZA

Veja a lista de livros que você pode oferecer às crianças para  despertar o apreço pela natureza.  Essa lista foi testada e aprovada nos grupos de trabalho com as crianças, nos cursos de formação de educadores e entre a criançada da família também!

 

1.Um passeio pela natureza

Um livro de capa dura com janelinhas de espiar que revela toda a riqueza e beleza do mundo natural: sementes germinando, flores brotando, pequenas criaturas espalhadas pelo mundo que são fundamentais para o equilíbrio da natureza.

Escrito por  Libby Walden, ilustrado por Clover Robin

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2.Pássaros e suas casas

Como são os ninhos de diferentes tipos de pássaros? Neste livro a criança irá conhecer  a casa de várias espécies de aves, onde elas vivem e fazem seus ninhos. Há casas de vários formatos e tamanhos. Abrindo as janelinhas, é possível descobrir muitas coisas sobre os pássaros: como eles se protegem, do que se alimentam, e muito mais. A partir dessa leitura, seu jardim poderá se tornar um lugar mais agradável para os passarinhos. Livro cartonado.

Escrito por  Libby Walden, ilustrado por Clover Robin

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3. A árvore

O livro revela o crescimento das plantas – do nascimento do brotinho, da semente até os frutos, com várias janelinhas cheias de surpresas e muitas ilustrações de animais e insetos. Super interativo, capa dura.

Escrito por Anna Milbourne e Luciano Campelo, ilustrado por Simona Dimitri

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4.Sementes de cabanas encantadas

Este é o livro encantado das famosas sementes de cabanas. No diário de viagem do famoso explorador Afonso Cagibi, você conhecerá as mais incríveis moradas do mundo, espécies variadas de  cabanas – de passarinho, de caramujo, de pescador, etc. Acompanhada de lindas ilustrações, Cagibi relata minúcias preciosas das cabanas que desbravou pelo mundo a fora.

Escrito por  Philippe Lechermeier, ilustrado por Éric Puybaret

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5. A Turma da Floresta uma brincadeira puxa outra

O livro narra as aventuras de um grupo de crianças que se reúne num parque do bairro para brincar. No decorrer da tarde, essa turminha inventa muitas brincadeiras e brinquedos com materiais naturais que encontram pelo parque, mostrando que a imaginação das crianças é o melhor brinquedo.

Escrito por Ana Lúcia Machado, ilustrado por Daniel Salvetti

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6. A Floresta

O livro conta a história de um camundongo que deixa sua casa  para explorar a floresta. O que ele encontra não é o que imaginava, a floresta reserva muitas surpresas – encontros e enfrentamentos.

Escrito e ilustrado por Claire Nivola

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7. Oceanos

Quem são os habitantes do mar? Esta é uma jornada pelos oceanos que explora a grande floresta marítima de algas – seres marinhos exuberantes. Alguns são mestres do esconderijo e da camuflagem como o peixe-pedra que fica imóvel e engole animais que se aproximam dele ou ainda o peixe-camarão  que se esconde entre os espinhos do ouriço-do-mar. O livro fala sobre o vento e suas ondas, as marés, as criaturas que vivem nas profundezas do oceano. Uma leitura para instigar a curiosidade das crianças.

Escrito por Matthew Oldham, ilustrado por Jane Newland

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8. A árvore generosa

Uma história sobre a amizade entre um menino e uma árvore que mostra a generosidade da mãe natureza, além da ambição humana. O menino desfruta de tudo o que a árvore pode oferecer – seus frutos, sua sombra, seus galhos.  Entretanto, a medida que o menino cresce, aumenta sua ganância e assim ele extrapola a exploração dos recursos da árvore. Uma história para exercitar a empatia incentivando nos colocarmos no lugar da árvore.

Escrito e ilustrado por Shel Silverstein

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9. O Jardim Curioso

Uma história para refletir sobre a ética do cuidado. O livro conta a história de uma cidade sem nenhum tipo de vegetação – sem árvores e jardins. Liam, um menino curioso, acaba descobrindo uma passagem que dá acesso aos trilhos de uma antiga estação de ferro. Lá, ele faz uma descoberta que desperta sua vocação de jardineiro. Passa então a cuidar deste espaço e a partir disso transforma a realidade cinzenta da cidade. Por suas mãos cuidadosas uma nova cidade começa a renascer.

Escrito por Peter Brown

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10. Lua, A noite por todo o mundo

Por que  a Lua brilha no céu noturno? As páginas recortadas deste livro refletem os diferentes formatos da Lua durante todo o ciclo lunar. Uma história cheia de poesia sobre a vida noturna, à luz do luar.

Escrito Patricia Hegarty e ilustrado por Britta Teekentrup

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11.De flor em flor

Este livro-imagem revela o olhar curioso de uma menina em suas andanças pela cidade ao lado de seu pai. Ela anda atentamente descobrindo a natureza por onde passa,  colhendo flores que crescem entre as fendas do concreto da cidade.

Escrito por JonArno Lawson e ilustrado por Sydney Smith

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12. Uma floresta de histórias – contos de árvores mágicas do mundo todo

O livro conta a história de sete árvores especiais, inspiradas no folclore de sete povos diferentes. Cada história tem como personagem central uma árvore dotada de poderes mágicos e despertam um senso de humildade e reverência a estes seres da natureza.

Escrito por Rina Singh  e ilustrado por Helen Cann

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13. A árvore

Árvore tem dono? Neste livro, o autor, como dono de uma árvore que é também de morada para os passarinhos e pequenos insetos, fala sobre a passagem do tempo e  sobre todo aprendizado que adquiriu convivendo com sua árvore.

 Escrito por Bartolomeu Campos de Queirós e ilustrado por Mario Cafiero

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14. Cada um na sua toca

Um livro que fala sobre uma forte tempestade na floresta que levou os animais de volta às suas tocas. Cada bicho reage de um jeito ao ter que passar tanto tempo em sua casa até que a tempestade vá embora. Uns intensificam os cuidados com os seus, enquanto outros aproveitam para colocar tudo em ordem. Alguns bichos sentem muita falta dos amigos… Uma história que remete o momento que a humanidade está vivendo tendo que ficar em casa também. Uma maneira descontraída de conversar com as crianças a cerca de um tema tão denso.

Escrito por Walter Sagardoy , ilustrado por Vanessa Prezoto 

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15. O mundo nunca dorme

Este livro, sobre natureza, convida as crianças a conhecer um universo paralelo, que fervilha de vida enquanto elas dormem. O mundo pode parecer adormecido na calada da noite, mas não está. Enquanto damas-da-noite desabrocham e estrelas brilham, a natureza dá sequência ao ciclo da vida.

Um gato que perambula pelas ilustrações é testemunha silenciosa, na casa e no quintal, das incontáveis vidas noturnas e diurnas. Uma atmosfera de mistério envolve tudo – até os desenhos naturalistas dos animais no final do livro.

Escrito por Natalie Rompella , ilustrado por  Carol Schwartz

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16. Brasileirinhos do Pantanal

Este é o quarto volume da coleção Brasileirinhos, de  Lalau e Laurabeatriz, que agora  se voltam para a fauna pantaneira, dando versos e ilustrações aos animais que lá habitam. Do piau-três-pintas ao lagarto-jacaré, essa seleção vai divertir e conscientizar os pequenos leitores sobre os tesouros vivos do Brasil. O Pantanal é a maior planície de inundação do mundo  e guarda em suas matas uma diversidade enorme de animais.

Escrito por Lalau, ilustrado por Laura Beatriz

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17. O quintal da minha casa

O quintal desse livro é cheio de plantas e bichos. Ele tem céu estrelado, sol e chuva. Nele, vivem muitas pessoas ― cada uma de um jeito diferente, mas todas iguais em sua humanidade. Mas andaram mexendo no quintal e, destruindo o que deveria ser preservado. Uma história que convida a refletir sobre o meio ambiente e como estamos cuidando de nosso planeta.

SAIBA MAIS

 

Leia histórias e dê para as crianças livros que inspirem o apreço pela natureza. Incentive a leitura ao ar livre, debaixo da sombra generosa de uma árvore frondosa. Estimule também a troca de livros entre amiguinhos e familiares.

 

abraço afetuoso e saúde

Ana Lúcia Machado