O documentário ‘O começo da vida 2: Lá Fora‘ estreou em novembro e mostra como a conexão com a natureza pode revolucionar o mundo.
No decorrer do processo evolutivo, os seres humanos estiveram imersos na natureza e seus corpos adaptados à ela. A fisiologia humana reconhece a natureza como casa e responde de maneira favorável quando em contato com ambientes naturais. No entanto, em 2050, estima-se que 66% da população mundial estará concentrada em áreas urbanas. No Brasil este percentual já está na ordem de 84%.
Somos cada vez mais atraídos pelo mundo criado pelo homem e sofremos as consequências do afastamento da natureza. As crianças são as mais prejudicadas com o desequilíbrio causado pelo estilo de vida atual. Elas passam 90% do seu tempo em locais fechados – em casa, em frente da televisão, jogando vídeo games, dentro de salas de aula nas escolas, em shoppings, dentro de automóveis ou transporte público.
As doenças relacionadas à vida moderna tornaram-se um problema social à escala global: obesidade, miopia, déficit de atenção, ansiedade e até mesmo depressão e já não perdoam nem mesmo as crianças.
Felizmente, aos poucos a sociedade está despertando para a necessidade de equilibrar esta balança voltando se para o mundo natural, um ambiente que nos é familiar há milhões de anos.
O COMEÇO DA VIDA 2: LÁ FORA
Existe uma mudança em curso – um movimento de retorno à natureza que está se espalhando pelo mundo. Esse movimento ganhou um reforço muito expressivo – o filme ‘O Começo da Vida 2: Lá Fora’.
Trata-se de um documentário que aborda as consequências da falta de natureza no cotidiano das crianças e adolescentes e que alerta sobre a urgência de transformarmos as cidades e escolas em espaços mais verdes e amigáveis à infância.
O Começo da Vida 2: Lá Fora pode ser visto na Netflix e nas principais plataformas digitais (iTunes, Google Play, Youtube, Videocamp, Net Now e Vivo Play).
O documentário é a continuação da franquia de “O Começo da Vida”, lançado globalmente em 2016. Este novo capítulo mostra os benefícios do contato com a natureza no desenvolvimento das crianças, por meio da fala de especialistas e pensadores das áreas de meio ambiente e infância como a Dra. Jane Goodall e o jornalista e escritor Richard Louv, autor do livro ‘A última criança na natureza’.
“O Começo da Vida (2016) traduz um conceito muito importante de que ‘a criança se desenvolve a partir da sua genética e a partir das suas interações com o meio’. O Começo da Vida 2: Lá Fora se aprofunda numa questão muito importante, vital para nosso futuro, que é a relação com a natureza – que no fundo é a relação consigo mesmo, porque nós somos a natureza”, diz Estela Renner, co-fundadora da Maria Farinha Filmes e produtora.
O projeto teve patrocínio do Instituto Alana e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, e apoio Institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Bernard van Leer, Programa Criança e Natureza, Children & Nature Network – C&NN, FEMSA Foundation e United Way. O lançamento do documentário contou com uma Rede de Impacto formada por mais de 100 instituições e indivíduos conectados com o tema, entre essas organizações, o Educando Tudo Muda.
“O Instituto Alana acredita muito na importância do audiovisual, de engajamento, de sensibilização, de gerar reflexão na sociedade. A gente também acredita que o cinema é uma ferramenta muito importante de transformação, porque de fato ele toca as pessoas”, diz Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza do Instituto Alana.
“ESSE FILME QUE ESTÁ MUITO ALINHADO COM O QUE ACREDITAMOS E COM AS NOSSAS DIRETRIZES DE HONRAR A INFÂNCIA E COLABORAR COM UMA INFÂNCIA RICA EM NATUREZA, BOA E SAUDÁVEL PARA TODAS AS CRIANÇAS.” Laís Fleury
“Um dos grandes desafios que a gente vive hoje, ainda mais na pandemia, é o desafio da solidão. As crianças, os adolescentes, estão muito sozinhos e eles encontram na tela uma companhia que pode ajudar muito, pode fazer sentido, mas pode ser uma companhia vazia e que só agrava mais esse sentimento de não pertencimento”, reflete Estela Renner.
“Criarmos vínculos através de afeto, de cuidado, através do cultivo de uma planta que você e seu filho plantam juntos, por exemplo. Está muito mais dentro de nós do que imaginamos, essa vontade de verde, de conexão. E é através do vínculo que encontramos nossos sentidos, nossa plenitude. Então, parece ser muito pequeno plantar alguma coisa em casa, mas pode ter um mundo ali dentro”. Encerra Estela Renner.
“ENQUANTO NÃO NOS ENXERGARMOS PARTE DO MEIO AMBIENTE E SIM COMO DOMINADORES DA NATUREZA, EU ACHO QUE NOSSO FUTURO NÃO SERÁ MUITO SALUBRE.” Estela Renner
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Acessibilidade
Mantendo o compromisso de democratização do acesso da produtora e da distribuidora, também é possível assistir ao filme organizando uma exibição pública pelo VIDEOCAMP com recursos de legendas, legendas descritivas – closed caption, audiodescrição e linguagem de sinais em português, inglês, espanhol.
No VIDEOCAMP, o filme conta com recursos de legendas (português, inglês e espanhol), dublagem (português), legendas descritivas – closed caption (português, inglês e espanhol), audiodescrição (português, inglês e espanhol) e linguagem de sinais (LIBRAS – linguagem brasileira de sinais, ISL – international sign language, LSE – lengua de signos española).
Assista trailer oficial do filme AQUI
Abraço e saúde
Ana Lúcia Machado