Proteger nossos filhos do consumismo infantil é um dos grandes desafios da atualidade.
Esta semana uma leitora do Educando Tudo Muda, mãe de dois filhos pequenos, entrou em contato comigo pedindo ajuda para uma ideia que deseja implementar em sua cidade a partir de uma percepção que teve a respeito da relação dos filhos com os brinquedos.
Em sua mensagem ela conta que observou que muitos dos brinquedos que seus filhos pedem é mais pelo prazer de ter aquilo que aparece no comercial de televisão e que os amigos tem, do que propriamente a vontade de brincar. Ela diz que “eles brincam uma ou duas semanas e daqui a pouco deixam de lado”.
Foi pensando no relato desta mãe que resolvi reforçar o tema do consumismo infantil aqui no Educando Tudo Muda.
Já ultrapassei a fase dos filhos pequenos. Sei bem dos desafios da educação das crianças nesse período e entendo o que o relato dessa mãe significa.
Na maioria das vezes nos sentimos impotentes frente à avidez da indústria aliada ao aprimoramento da persuasão dos especialistas da propaganda e do marketing. A publicidade tem um alvo bem específico: o lado emocional do ser humano. Os apelos dos comerciais atingem diretamente nossos corações. Se até nós, adultos, somos fortemente seduzidos e temos dificuldades de colocar freio nos impulsos de compras, imagine como uma criança, em sua vulnerabilidade é impactada!
Os olhos gananciosos da indústria de brinquedos, alimentos, vestuário, estão cada vez maiores em cima das crianças, no potencial consumidor que esses gigantes industriais enxergam na infância.
O mercado brasileiro de brinquedos vem crescendo ano após ano mesmo em situação de crise econômica. Ele apresenta a cada ano mais e mais lançamentos: brinquedos em geral, colecionáveis e educativos, jogos, pelúcias, artigos para festas, fantasias, etc.