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Observar e Brincar com as Nuvens: Uma Experiência Lúdica e Educativa para Crianças

Observar e brincar com as nuvens oferece às crianças uma oportunidade única de conexão com a natureza, ao mesmo tempo que estimulam a imaginação, desenvolvem sua criatividade e habilidades cognitivas.

Caminhamos olhando para os lados, para frente, mas raramente levantamos nossas cabeças e olhamos para cima, ou quando olhamos, tudo parece tão conhecido, que olhamos “sem olhar”. Sem a devida atenção aos detalhes, olhamos mas não enxergamos.  O que existe de interessante lá no alto?

A natureza é um cenário repleto de possibilidades de brincadeiras e aprendizado, e um dos elementos mais acessíveis e encantadores para as crianças são as nuvens do céu. Olhar para cima para observar e brincar com as nuvens não só desperta a curiosidade, mas também promove o desenvolvimento da imaginação, e da percepção ambiental.

Observar e brincar com as nuvens como uma experiência lúdica e educativa –  além de ser uma forma de entretenimento ao ar livre, auxiliam as crianças a entenderem fenômenos naturais, como o ciclo da água e as mudanças no clima, de maneira lúdica.

 

A Importância de Observar e Brincar com as Nuvens

Observar e brincar com as nuvens é uma forma simples de introduzir as crianças ao mundo da ciência e à observação ambiental. Ao observar o céu, elas começam a perceber que as nuvens mudam de forma, cor e tamanho ao longo do dia, o que pode ser uma excelente oportunidade para conversar sobre o tempo, as estações do ano e o clima. Além disso observar e brincar com as nuvens pode incentivar as crianças a fazer perguntas, e despertar nelas o desejo de explorar o mundo natural ao seu redor.

 

O que são e como se formam as nuvens na linguagem da criança

As nuvens são como grandes bolhas fofas de vapor d’água que flutuam no céu. Elas parecem algodão doce ou bichinhos de pelúcia, mas na verdade são feitas de gotinhas de água ou de pequenos pedaços de gelo. As nuvens ficam lá no alto porque o ar as carrega como se fosse uma grande cama de vento.

Mas como elas se formam? Tudo começa lá embaixo, nos rios, lagos e no oceano. Quando o sol brilha, ele aquece a água e a transforma em vapor, que é invisível e sobe para o céu. À medida que esse vapor sobe, ele encontra o ar mais frio. O frio faz o vapor se juntar em gotinhas de água ou pedacinhos de gelo, e é assim que nasce uma nuvem!

As nuvens possuem nomes

As nuvens são classificadas de acordo com dois critérios, que são a aparência (ou formato) e a altitude em que elas se formam e estão posicionadas. Combinando esses critérios, as nuvens podem ser divididas em 10 tipos: cirrus, cirrocumulus, cirrostratus, altocumulus, altostratus, nimbostratus, stratocumulus, stratus, cumulus e cumulonimbus.

Detalhando alguns tipos de nuvens:

Algumas são fininhas e ficam bem no alto, como as cirrus, que parecem pinceladas no céu. Outras são mais fofas e grandes, como as cúmulus, que lembram grandes montanhas de algodão, sempre presente nos desenhos das crianças. E quando o céu está cinza e cheio de nuvens, são as stratus.

Às vezes, as nuvens ficam tão cheias de gotinhas de água que elas caem de volta para a Terra na forma de chuva. É assim que o ciclo da água acontece: a água sobe, vira nuvem, e depois volta para o chão!

 

Observar e brincar com as nuvens

Como se tornar um Observador de Nuvens

Sabia que você pode ser um Observador de Nuvens? No livro Observador de Nuvens, de Patrícia Grinberg, o menino protagonista da história, encontra um sábio velhinho observador de nuvens e aprende com ele que para se tornar um Observador de Nuvens é preciso encher os olhos de céu e

“basta deitar olhando para cima, e, se for sobre um gramado, melhor; deixar-se acariciar pelo vento e olhar o céu… mas acima de tudo, é preciso se deixar levar pela imaginação.”

Essa é uma atividade divertida onde você descobre tudo o que as nuvens podem te contar precisando apenas dos seus olhos, de um lugar ao ar livre e um pedacinho de céu. Para começar, encontre um lugar confortável, como um gramado, uma praia ou até mesmo o quintal de casa. Deite-se no chão ou sente-se em uma cadeira e olhe para o céu. Agora vem a parte divertida:

 

Brincadeiras com as Nuvens

Adivinhação de Formas: Uma atividade clássica, onde as crianças podem observar os tipos de nuvens do céu durante o dia e relacionar as formas das nuvens com objetos, animais, partes do corpo, as letras do alfabeto, ou até mesmo criar histórias. Será que você consegue ver um dragão, um coelho ou um barco flutuando lá no alto? As nuvens estão sempre mudando, então seja rápido para adivinhar o que elas parecem antes que mudem de forma.  Outra possibilidade é  fotografar as nuvens do céu, procurar as formas na imagem congelada e até mesmo desenhar sobre a tela ou papel impresso da foto. Ou ainda com a imagem das nuvens refletidas sob um espelho acrílico voltado para o céu, desenhar sobre a superfície espelhada os objetos visualizados com caneta hidrocor.

Caça às Nuvens: As crianças podem aprender os nomes das diferentes formações de nuvens, como cirrus, cúmulus e stratus, transformando a observação em um jogo divertido de “caça às nuvens”. As crianças podem se tornar detetives do céu e tentar identificar e classificar os diferentes tipos de nuvens. Imprima a imagem ao lado, que  pode ser baixada AQUI e recorte a parte central pontilhada para usá-la como uma “janelinha” e assim olhar para o céu com o objetivo de identificar a nuvem observada, comparando-a com as imagens dos vários tipos de nuvens em volta na cartela.

Diário das Nuvens: Se você quiser levar a brincadeira para o próximo nível, pode começar um diário de nuvens. Incentive as crianças a fazerem anotações em um caderno, onde possam desenhar e colorir as diferentes formas das nuvens que viram no céu. Talvez possam perceber padrões, como quando aparecem mais nuvens de chuva ou dias com céu totalmente limpo.

Brincadeiras como essas propiciam momentos de relaxamento, tranquilidade e bem estar. Ser um Observador de Nuvens é uma forma mágica de aprender sobre o mundo natural, desfrutar a natureza, e deixar a imaginação  voar tão alto quanto as nuvens!

 


 

Livros Infantis para Inspirar a Observar e Brincar com as Nuvens

Os livros infantis têm a incrível capacidade de tornar complexos conceitos naturais acessíveis e compreensíveis para as crianças. Entre os temas mais ricos e recorrentes na literatura infantil estão os ciclos da natureza, como as estações do ano, os fenômenos naturais, etc. Essas histórias despertam a curiosidade das crianças e criam uma conexão profunda com o mundo natural, ensinando a elas sobre a beleza, a transitoriedade e a interconexão da vida.

Para tornar a experiência de observar e brincar com as nuvens ainda mais rica, é possível integrar a leitura de livros infantis que abordam o tema. Veja algumas sugestões de livros sobre nuvens:

1-O Segredo das nuvens Celina Bodenmuller

“O segredo das nuvens – Entendendo as chuvas, raios e trovões” convida os jovens leitores a explorar os mistérios escondidos nas nuvens do céu. Com uma linguagem simples, divertida e por vezes até poética, o livro conduz o olhar das crianças para que observem atentamente o que acontece com a água, em seu infinito ciclo de evaporação e condensação. Por meio de informações científicas, fatos do cotidiano, curiosidades, experimentos simples, além de quadrinhas, parlendas e provérbios, o livro vai traçando um panorama variado para explicar fenômenos naturais complexos, de uma forma que os mais jovens possam compreender facilmente.

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2.O menino que lia nuvens

No céu azul, nuvens brancas, o Sol, um elefante… Um elefante? E tem mais! Uma bola de futebol! Conheça Aldebaran, um garoto calmo que adora ficar observando as formas das nuvens. Mas eis que começa a ver algo além das formas, algo além de seu presente, e de tanto olhar para o céu acaba encontrando o que sempre procurou. E você, já deu uma olhada no céu hoje?

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3.Nuvem feliz, Alice Ruiz e Edith Derdyk

Nuvens costumam ser muito temperamentais. Qualquer ventinho as empurra de um lado para o outro, e assim elas mudam de cor, e de humor, a todo momento. Mas uma coisa é certa: toda nuvem, desde pequena, sabe que um dia terá de chorar. Numa prosa que vem e vai como uma nuvem, e com desenhos que exploram as várias possibilidades da linha e da mancha, Alice Ruiz e Edith Derdyk criaram um livro poético e delicado, cujo final surpreende por sua generosidade diante da vida.

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4.Lizzy e a nuvem

Milo pode parecer uma nuvem meio fora de moda, mas Lizzy quer levá-lo para casa. Milo não é grande demais nem muito complicado. É perfeito. Cuidar de uma nuvem é um trabalho muito importante, e Lizzy leva isso a sério. Contudo, Milo começa a crescer, crescer e crescer. O que Lizzy vai fazer quando não houver mais espaço para ele?

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5. A fazedora de nuvens, Paula Vazone

Curiosa e ousada, Marina ama uma boa aventura. Quando ela encontra um mundo mágico e descobre como as nuvens são feitas, ela aprende também que nunca deve desistir das coisas importantes. Escrito por Paula Vasone e ilustrado por Evelin Salvatierra, esta história mostra o poder da imaginação na vida de todas as pessoas.

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6. Entre nuvens, André Neves

Essa é a história de uma menina que sonhava em ser como um pássaro para poder ter uma nuvem só para ela. “Ela pensava: ‘Lá em cima, alguma coisa existe. Deuses, fadas, anjos ou gente de verdade’.” Porém, na cidade em que vivia, ninguém tinha tempo para sonhar. A menina resolve subir na montanha mais alta daquele lugar para poder pegar uma nuvem. Nessa montanha vivia um menino. Ele não achava a menor graça em olhar o céu, mas achava o sorriso da menina a coisa mais bela do mundo. E para vê-la sorrir para sempre, ele deu o melhor presente que ela poderia imaginar…

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Que tal olhar pro céu? Que tal observar as nuvens? Que tal brincar com as crianças de ver nas configurações efêmeras das nuvens, formas variadas: ovelhas, castelos, trombas de elefante, dragões?

Observar e brincar com as nuvens oferece às crianças uma oportunidade única de conexão com a natureza, ao mesmo tempo que desenvolvem sua criatividade e habilidades cognitivas. Integrar a leitura de livros infantis sobre o tema enriquece a experiência e proporciona momentos de brincadeiras e aprendizagens. Essas atividades simples podem despertar o interesse pelos fenômenos naturais, ao mesmo tempo em que incentivam a imaginação e o apreço pela natureza, além do cuidado com o meio ambiente.

Assim, o céu se torna não apenas um cenário de observação, mas também uma tela lúdica  infinita para a imaginação infantil.

Que possamos encher mais nossos olhos de céu com nossas crianças!

 

Abraço carinhoso

Ana Lúcia Machado

 

 

Novidade no mundo da literatura infantil – MIMI A MINHOCA SONHADORA

Novidade no mundo da literatura infantil: acaba de chegar o livro MIMI A MINHOCA SONHADORA, uma história surpreendente, lúdica e educadora.

Mimi é uma minhoca inquieta e insatisfeita que sonha encontrar um jeito diferente de ser e estar no mundo. Mexendo-se de várias maneiras na terra, experimenta novas formas e acaba por unir suas extremidades rolando pelo mundo como um tatu bola. Ao bater numa pedra percebe sobre si uma espiral que a transforma em um caracol.

Como uma metáfora do universo lúdico e imaginário da criança e sua lei da metamorfose, em que uma coisa vira outra, em que nada é fixo e rígido, esta obra busca contribuir com o processo inicial de letramento de maneira lúdica, estimulando a criança a brincar de criar e desenhar formas para o desenvolvimento da destreza das mãos, necessária para o aprendizado da escrita.

‘Mimi a minhoca sonhadora’ busca ainda provocar o olhar das crianças, professores e pais para o mundo natural que nos cerca, ressaltando a natureza como território potente de aprendizagem.

Quantas formas diferentes Mimi experimentará até se sentir satisfeita? No decorrer da história você pode acompanhar as metamorfoses da Mimi, brincar com suas formas e desenhar as suas transformações.

Do movimento ‘estica-estica’ da Mimi surge a reta. A reta se inclina e vira curva. A curva se acentua e se transforma em onda. A onda se movimenta e forma uma espiral. A espiral se revira, une suas extremidades e se torna um círculo. O círculo se rompe, se estende e volta a ser reta. Do movimento nasce a forma e é na forma que o movimento chega ao repouso.

INTENÇÕES PEDAGÓGICAS DA HISTÓRIA DA MIMI A MINHOCA SONHADORA

A história da Mimi carrega intenções plurais:

– Facilitar o aprendizado da escrita por meio do Desenho de Formas contribuindo para um processo de letramento de maneira lúdica

-Estimular a criança a brincar de criar formas para o desenvolvimento da destreza das mãos necessária para o aprendizado da escrita, das formas das letras do alfabeto.

-Incentivar a relação da criança com a natureza, chamando atenção para a existência das minhocas

-Reforçar a educação ambiental mostrando o valor da minhoca para o meio ambiente


Acompanhe o relato da Coordenadora pedagógica Valéria M.A.Girotto, que esteve presente na noite de lançamento do livro e contou a história da Mimi para as crianças:

Como coordenadora pedagógica de uma escola pública da Grande São Paulo, diariamente tenho o privilégio de me encantar  com os mundos poéticos das crianças, suas metáforas, suas investigações sobre o mundo e sobre o que desconhecem.

Através de seus olhares generosos, transformam as coisas singulares em grandiosas descobertas.

E não foi diferente no dia em que eu pude ler a história da Mimi para um grupo heterogêneo de crianças e adultos em um evento da escola.

Através de uma ambientação com um minhócário, lupas e minhocas, as crianças já estavam atentas querendo saber sobre a história que viria.

Com demonstrações de encantamento e muita atenção, as crianças já evidenciavam expectativa para saber sobre as transformações da Mimi.

A cada página novas reformulações e novas hipóteses e Mimi surpreende às expectativas trazendo consigo uma reflexão sobre sermos quem somos, compreendermos nossa singularidade e importância.

Reflexões também surgiram sobre a importância das minhocas para a nossa alimentação, para o ambiente, para nossa vida.

Parabéns a Ana Lúcia Machado que traz um olhar natural para a cultura da infância! Que possamos refletir sobre nossa responsabilidade de reverberar o cuidado com o meio ambiente, o cuidado em escolhas que fazemos para e com as nossas crianças.”


A história da Mimi nos faz pensar no sentido da infância – um tempo vagaroso, num ritmo lento de ser e estar no mundo,  descobrindo a si, o outro e o meio, defendendo as pedagogias lentas norteadas pelo desenvolvimento infantil que respeitam o ritmo da criança.

A publicação está disponível no site do Educando Tudo Muda: http://www.educandotudomuda.com.br/produto/mimi-a-minhoca-sonhadora/

Nesta fase de lançamento o livro inclui um marcador de páginas artesanal e um brinde cortesia para brincar com a Mimi.

educandotudomuda.com.br

Educação ambiental – quando e como começar

Educação ambiental, quando e como começar

Precisamos refletir à cerca do impacto que nós, seres humanos, causamos neste organismo vivo que é a Terra, repensado nossa maneira de ser e estar no mundo.

Estamos diante do esgotamento do planeta devido a exploração de seus recursos naturais por meio de demandas cada vez maiores de bens de consumo, excesso de produção de resíduos, poluição do ar, dos rios, mares e envenenamento do solo.

educação ambientalVivemos uma crise civilizacional generalizada e sem precedentes. O que acontecerá à Terra se continuarmos consumindo e explorando seus recursos? Essa não é a pergunta correta. Devemos sim perguntar: o que acontecerá ao ser humano?

Essa resposta já foi dada em 1854 pelo cacique Noah Sealth da tribo Duwanaish quando dirigiu-se ao então presidente dos EUA Franklin Pierce que insistia em querer comprar as terras de seu povo indígena, dizendo:

 

“O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um dos fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.”

 

O chefe Sealth num documento legendário disse mais:

“Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo…”

 

Na ‘Conferência Mundial sobre a Educação para o Desenvolvimento Sustentável’ que aconteceu online em maio, a UNESCO, depois de ter analisado os currículos de educação de 50 países, apelou a todos os participantes que coloquem a Educação Ambiental no centro dos currículos escolares até 2025, uma vez que os atuais currículos não abordam a mudança climática, e apenas 19% deles tratam sobre biodiversidade.

O estudo da UNESCO, Aprender pelo nosso planeta, mostrou que a educação tradicional não tem preparado os alunos para  atuarem em um mundo onde as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade se apresentam como uma das maiores ameaças à vida humana.

A diretora geral da Unesco, Aidrey Azoulay  afirmou que  “A educação deve preparar os alunos para compreenderem a atual crise ambiental […]. Para salvar o planeta, devemos transformar a nossa forma de viver, produzir, consumir e interagir com a natureza.”

Educação ambiental, quando e como começar

educação ambientalA verdadeira educação ambiental se dá por meio do experienciar. Acontece quando oportunizamos às crianças interações diretas com a natureza.

Falar sobre a preservação do meio ambiente entre quatro paredes, dentro da sala de aula, não despertará o interesse das crianças pelo mundo natural.

Nas palavras do poeta e romancista indiano Rabindranath Tagore, em seu livro Meditações, ele diz:

 

“roubamos da criança esta terra, que é dela, para lhe ensinar geografia; roubamos sua linguagem, para lhe ensinar gramática. Ela tem fome do épico, e não lhe damos mais que crônicas de acontecimentos e datas…Todos nós sabemos que as crianças amam a terra; seu corpo e sua mente estão, como as flores, sedentos de luz, de sol, de ar. Elas jamais se sentem inclinadas a deixar de ouvir os constantes convites que o universo faz a seus sentidos para que se estabeleça uma comunicação direta entre eles.”

 

A este sentimento das crianças de afinidade inata com a natureza, chamamos biolifia.

A infância é o período mais importante para o trabalho educativo de base.  A educação ambiental deve iniciar nesta etapa da vida por meio de experiências vivas e reais em ambientes ricos em áreas verdes. Daí advém a atitude ética do cuidado com o meio ambiente.

educação ambientalO cuidado está na essência do humano. Ele é a base possibilitadora da existência humana enquanto humana, como afirma Leonardo Boff. Se negligenciarmos essa base, caminharemos para nossa própria extinção. Precisamos resgatar essa essência. Boff atribui a falta de cuidado à desconexão com o TODO, ao desconhecimento de que todas as coisas estão ligadas umas às outras.

No final da década de 70, um professor da Universidade Estadual de Iowa, Thomas Tanner, investigou a vida de ambientalistas na tentativa de identificar o que os havia atraído para o ativismo ambiental, e descobriu que a influência mais significativa foi a experiência vivida na natureza, em zonas rurais ou lugares de natureza selvagem.

Em 2006, Nancy Wells e Kristi S. Lekies, pesquisadoras da Universidade de Cornell, desenvolveram estudos para investigar a influência da infância na formação de ambientalistas. Cerca de duas mil pessoas com idades entre 18 e 90 anos foram entrevistadas com o intuito de averiguar a possível relação entre o grau de exposição da criança à natureza e o nível de consciência ambiental na idade adulta.

A preocupação dos adultos pelo meio ambiente e o comportamento que isto gera, tem relação direta com a participação em atividades na natureza selvagem nos primeiros anos de vida. O estudou sugeriu ainda que o brincar livre na natureza é muito mais efetivo do que atividades comandadas por adultos.

Uma década depois, a pesquisadora Catherine Broom da Universidade de British Columbia concluiu em seus estudos que, quanto mais uma criança cresce em contato com áreas verdes, maior a sua chance de apreciar e cuidar do meio ambiente na fase adulta. Oitenta e sete por cento das pessoas participantes da pesquisa que tiveram oportunidades de brincar ao ar livre em contato com o mundo vivo, durante a infância, ainda mantinham o afeto pela natureza quando adultos, e oitenta e quatro por cento desses jovens disseram que cuidar do meio ambiente é uma prioridade para eles.

Diante de tudo isso, se quisermos garantir uma nova geração de cuidadores do meio ambiente, precisaremos resgatar os vínculos das crianças com a natureza e investir na formação de um reservatório de experiências vivas e reais nos primeiros anos de vida, estimulando a apreciação e o respeito pela natureza e por todos os seres vivos.

Apreço pela naturezaA literatura infantil também tem se ocupado com a questão do meio ambiente. Os livros podem despertar o apreço pela natureza. Uma boa história de aventura em ambientes naturais pode influenciar de maneira positiva as crianças e incentivar o interesse pelo mundo vivo.

O clássico  O menino do dedo verde de Maurice Druon, publicado originalmente em 1957, considerada uma obra inovadora por ser a primeira a tratar de ecologia, é um bom exemplo de uma história inspiradora que desperta o olhar para a natureza. Druon apresenta um menino que rompe os muros da escola para conhecer o mundo na prática, aprender com a vida real – a melhor escola.

Já o livro ‘O quintal da minha casa’, recém lançado pela Editora Companhia das Letrinhas, fala sobre seres vivos e imaginários que habitam nosso quintal – muitas plantas e bichos. Nele tem céu estrelado, sol, chuva e muitas pessoas diferentes. Acontece que andaram mexendo no nosso quintal e tudo passou a desandar- o que deveria ser preservado, começou a ser destruído. Essa obra convida a refletir sobre o meio ambiente e como estamos cuidando de nosso planeta

Pouco podemos esperar de um adulto que não teve contato com a natureza na infância em termos de consciência de preservação ambiental. Atitude pró-ambiental na fase adulta resultará de crianças que criaram vínculos de afeto com a natureza pois cuidamos daquilo que amamos, e amamos aquilo que conhecemos.

‘Dê às crianças a chance de amar a Terra antes de pedir que elas a salvem’, é o que diz sabiamente David Sobel, professor norte americano da Universidade de New England.

Abraço carinhoso e saúde

Ana Lúcia Machado

LIVRO DO EDUCADOR BRINCANDO COM A NATUREZA – EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA INFÂNCIA

Livro do Educador brincando com a natureza

Este é o Livro do Educador – brincando com a natureza da Turma da Floresta, que acaba de ser lançado.

Livro do educador brincando com a naturezaInspirado na história do livro ‘A Turma da Floresta uma brincadeira puxa outra’, lançado em setembro de 2019, esta nova publicação é um convite à prática de um brincar vivo e ecológico no dia a dia com as crianças; um convite à defesa do exercício imaginativo , da saúde da infância e do planeta.

Livro do Educador incentiva o brincar em áreas verdes e oferece inúmeras maneiras de explorar os elementos naturais ensinando a fazer brinquedos além de divertidas brincadeiras que nutrem a imaginação da criança e estimulam a criatividade.

Brincar em espaços naturais nos coloca diante da vocação lúdica da natureza e  expõe a criança à riqueza e diversidade dos elementos naturais, abrindo um leque de possibilidades de brincadeiras e invenção dos próprios brinquedos pela criança, tendo a natureza como matéria-prima.

LIVRO DO EDUCADOR BRINCANDO COM A NATUREZA

O Livro do Educador começa apresentando o ciclo do brincar e sua importância para o estímulo da imaginação e da criatividade. Em seguida, mostra os efeitos no desenvolvimento da criança que advêm da sua relação com a natureza e o brincar livre em ambientes naturais. Fala ainda sobre a vocação lúdica da natureza e as características dos elementos naturais.

Por fim traz um passo a passo dos brinquedos e brincadeiras da Turma da Floresta, ressaltando a importância da construção dos brinquedos pelas mãos das crianças e oferecendo sugestões para os Educadores envolverem as famílias e as crianças neste propósito de reconexão com o mundo vivo.

O intuito do Livro do Educador é fortalecer e apoiar as ações dos Educadores no trabalho do desemparedamento da infância e da reconexão das crianças à natureza.  A escola como elo entre a família, a cultura e a infância deve assumir o papel de ampliação do mundo da criança oferecendo o que está faltando na sociedade:  tempo livre, áreas verdes e liberdade de brincar.

As escolas estão sendo desafiadas a romper o velho modelo de aula entre quatro paredes e refletir sobre o potencial educador da natureza, reconhecendo outros territórios educativos como ambientes de aprendizagens. Falar em educação ambiental na primeira infância é falar de experiências vivas em contato com o mundo natural, tudo o mais é abstração para as crianças.

Um livro inspirador para a reaproximação da infância ao mundo vivo, brincares de alegria e encantamento ao ar livre e interação direta com a vida.

A edição é limitada – garanta o seu exemplar. A publicação está disponível na loja do Educando Tudo Muda, acesse  AQUI

Aproveite o frete gratuito e o lindo brinde de cortesia que está sendo oferecido neste período de lançamento.

Juntos por infâncias mais lúdicas, livres e verdes!

Abraço carinhoso e saúde.

Ana Lúcia Machado

 

A EDUCAÇÃO ECOLÓGICA COMEÇA COM A EDUCAÇÃO DOS SENTIDOS – CRIANÇA E NATUREZA

A educação ecológica começa com a educação dos sentidos

A educação ecológica começa com a educação dos sentidos  no decorrer da infância.

Estamos diante de uma geração de analfabetos ecológicos – crianças cada vez mais afastadas do mundo natural, que desconhecem a procedência dos alimentos que levam à boca. Acham que o leite vem da embalagem Tetra Pack. Não sabem que o bifinho é a carne do boi abatido de forma violenta. Não sabem nem identificar as frutas e legumes comuns da culinária do dia a dia.

A educação ecológica começa com a educação dos sentidos

Esta é uma geração que passa a maior parte do dia confinada em ambientes fechados, distantes da luz do sol, do contato com a natureza e que conhece o reino mineral, vegetal e animal por meio das telas de cristal líquido.

O documentário Muito além do peso de 2012, disponível na plataforma  *Videocamp,  aborda o tema da obesidade infantil  e aponta a ignorância das crianças em relação aos alimentos produzidos pela terra.  O fime mostra como as crianças confundem mamão com abacate, beringela com rabanete, e não são capazes de identificar uma abobrinha, um pimentão, uma beterraba, etc.

Entretanto ao apresentar à elas as embalagens de “alimentos” ultraprocessados, reconhecem de imediato as marcas e logo dizem o nome desses produtos, chegando ao absurdo de identificarem a batata apenas pelo pacote de salgadinho frito.

No livro Desemparedamento da infância, uma professora da Educação Infantil da cidade de Novo Hamburgo (RS), relata uma história alarmante. Ela e sua turma, por falta de área verde na escola, passaram  a frequentar um espaço arborizado da igreja vizinha à instituição educacional. Assim que começaram a desfrutar do amplo gramado repleto de árvores frutíferas, era a época final do ciclo das frutas e haviam muitas caídas de maduras pelo chão. As crianças ao verem as laranjas espalhadas pelo gramado, ficaram indignadas e perguntaram: -Quem jogou as laranjas no chão? Elas não fizeram relação entre a laranjeira e as laranjas caídas no gramado.

Será que não chegamos ao ápice da desconexão com a vida?

A educação ecológica começa com a educação dos sentidosVivemos como nunca antes um distanciamento entre homem e natureza, e consequente ruptura com processos de vida. Até 2050, segundo dados da ONU, 66% da população mundial se concentrará em centros urbanos. No Brasil este percentual já está na ordem de 84%. Um dos resultados desse êxodo rural é que vivemos como se não fizéssemos parte da natureza e como se dela não dependesse nossa sobrevivência.

 

 

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BRINCANDO COM OS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA

BRINCAR NA NATUREZA – PROJETO PLAYOUTSIDE

 

EDUCAÇÃO DOS SENTIDOS VERSUS EDUCAÇÃO ECOLÓGICA

A natureza é o espaço de pertencimento da criança, de suas raízes com a Terra.  A partir da relação com o mundo natural,  um mundo que exala aromas, floresce, frutifica e emite sons nativos, por meio do próprio corpo e sentidos, a criança apreende os princípios que regem a vida na Terra – seus ciclos de nascimento e morte,  fluxos, processos dinâmicos, e aprende brincando, na linguagem da infância.

Como podemos reaproximar a infância ao mundo natural? 

Estimular todos os sentidos da criança com formas primordiais, substancias vivas, e materiais orgânicos é fundamental para restabelecer esta conexão.

A educação ecológica começa com a educação dos sentidos

Essa reaproximação pode iniciar pela boca, por meio de uma alimentação saudável. Comece substituindo as idas ao supermercado com as crianças nos fins de semana pelas compras em feiras livres. Sim aquelas  onde os feirantes anunciam aos berros os preços promocionais das baciadas de chuchus, mandioquinhas, pimentões e que gentis oferecem  generosas fatias de melancia, abacaxi, melão, para degustação. Ali as crianças aprenderão de forma divertida, com a simpatia dos feirantes, os nomes das frutas e legumes e experimentarão alimentos que em casa recusam dizendo não gostar sem nunca ter provado.

Depois troque o pedido de comida por aplicativo no sábado à noite pela ocupação da cozinha por toda a família. A cozinha é lugar de encantamento, de memórias afetivas e de riqueza de estímulos sensoriais – as formas e texturas, as cores dos alimentos, os aromas e sabores.

Convide as crianças para ajudar a preparar as refeições. Elas poderão descascar, lavar, misturar, amassar  e sentir o delicioso aroma dos temperos enquanto a comida está no fogo. Dá mais trabalho? Leva mais tempo? Sim, com certeza, mas o resultado torna compensador todo o esforço.

ONDE A VIDA PULSA E ACONTECE AO VIVO

Proporcionar e incentivar o brincar livre das crianças em áreas verdes é  também fundamental para a relação da criança com a natureza. É algo simples, acessível, custa pouco, gera alegria  e um profundo sentimento de ligação  e interdependência entre os seres viventes. Brincar na natureza em contato com os elementos é em essência criar raízes com a Terra.

Experimente levá-las ao parque e fazer uma caminhada atentos ao assobio do vento, ao canto dos pássaros. Aos poucos isso gera uma quietude que permite até ouvir a própria respiração, o ar que entra e sai dos pulmões. Que outros sons é possível escutar? Talvez o barulho dos passos das crianças ao pisar em folhas secas. Permita também que elas fiquem descalças para sentir a energia natural da terra. Que sensação tudo isso traz?

Caminhe de olhos bem abertos deixando que cada investigação das crianças, cada minúcia do percurso se transforme em assombro, em suspiros de encantamento.

Rubem Alves  disse que “o ato de ver não é coisa natural, precisa ser aprendido”. O olhar precisa ser apurado para permitir que a alma infantil registre as imagens grandiosas da vida que pulsa. Para que elas possam ir além dos limites dos matizes dos lápis do estojo escolar.

Saiba que toda criança é um pequeno cientista. O contato com a natureza propicia a observação de formigas, lagartas, minhocas, musgos, líquens – diversos seres vivos fascinantes para a essência curiosa e exploratória das crianças. Dê à elas a oportunidade de colher pelo caminho folhas, flores, sementes, galhos, pedras, e com esses achados inventar brinquedos e brincadeiras divertidas.

A educação ecológica começa com a educação dos sentidosDevemos ser zelosos quanto ao mundo que apresentamos às crianças. Raffi Cavoukian, ativista da infância, fundador do Centre for Child Honouring, fala que “nenhuma tela de computador vai dar a criança uma brisa suave de verão nem o aroma da primavera, e nenhum toque que realmente emocione virá de representações artificiais do mundo.

Como experimentar a sensação refrescante de uma árvore depois de horas ao sol se não de maneira real, sentido na pele a alternância do quente para o frio?  Como apreciar  o cheiro de terra molhada se não andarmos sobre ela após a chuva? Como conhecer o aroma do eucalipto se não partirmos um galho com as mãos? Experienciar  no mundo real é primordial para uma aprendizagem positiva e verdadeira.

Daí  advém a atitude ética do cuidado com o meio ambiente. A criança em contato com o mundo natural é o potencial cuidador e preservador  da natureza porque em seu corpo haverá registros dessa interação.

A primeira infância é o período mais importante para o trabalho educativo de base.  A verdadeira educação ecológica tem início nesta etapa da vida. Dá-se por meio de experiências vivas e reais em ambientes ricos em áreas verdes.

A educação ecológica está diretamente ligada à educação dos sentidos. Acontece à luz do sol, ao contemplar do arco-íris depois de uma forte chuva de verão, no comer das frutas colhidas no pé, no alcançar o galho mais alto de uma árvore, sentindo a aspereza do seu tronco, e a lisura das suas folhas, no chapinar das poças d’água, no sentir a força do vento ao colocar no alto a pipa colorida.

A educação ecológica começa com a educação dos sentidos

Projeto Playoutside – alegria de brincar na natureza

Pouco podemos esperar de um adulto que não teve contato com a natureza na infância em termos de consciência de preservação ambiental, pois só cuidamos e amamos aquilo que conhecemos, com o qual temos algum vínculo de afeto.

Devemos nos conscientizar de que tanto a família quanto a escola desempenham um papel fundamental no  estabelecimento e incentivo da conexão das novas gerações  com a natureza.

 

 

 

Vivenciar o mundo natural de maneira lúdica e artística, é o caminho para a educação ecológica  e da formação de uma nova geração de guardiões da natureza. Todo empenho no sentido da preservação ambiental será em vão caso não se restabeleça a relação da infância com a natureza e se cultive uma existência harmônica entre todas as espécies viventes.

 

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Ana Lúcia Machado

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5 LIVROS DIGITAIS GRATUITOS SOBRE  APRENDIZAGEM AO AR LIVRE  – CRIANÇA E NATUREZA

5 livros digitais gratuitos sobre aprendizagem ao ar livre

Selecionamos 5 livros digitais gratuitos sobre aprendizagem ao ar livre que incentivam o contato da criança com a natureza.  Essas publicações alertam para a importância das interações entre as crianças e os ambientes naturais.

A história do ser humano sobre a Terra está marcada pelo distanciamento progressivo com o mundo natural  e  sua consequente ruptura com processos de vida. Hoje a maioria da população brasileira vive em centros urbanos, onde as crianças passam a maior parte do tempo em ambientes fechados e artificiais.  A ausência de ambientes naturais e seus seres viventes no cotidiano da criança, tem consequências negativas para seu  desenvolvimento  e bem-estar.

Os ambientes naturais oferecem à criança oportunidades ricas e incomparáveis de exploração, experiência e descobertas de fenômenos e processos vivos.

aprendizagem ao ar livre  tem sido um grande desafio para as escolas no Brasil. É urgente o rompimento de paradigmas  para o despertar do potencial educador  dos ambientes naturais, transformando-os  em salas de aula, desemparedando os alunos.

aprendizagem  ao ar livre traz inúmeros benefícios –  melhora o desenvolvimento intelectual e a saúde física, incentiva o pensamento crítico, a inteligência emocional, o trabalho em equipe, e a capacidade de resolução de problemas. Crianças em contato com a natureza  desenvolvem mais a destreza corporal, o domínio espacial e a autonomia.

Inúmeros estudos e pesquisas que vem sendo realizados, mostram que a interação com a natureza durante a infância, está diretamente ligada a atitudes proambientais na vida adulta.

Desta forma, precisamos resgatar os vínculos da criança com o mundo natural,  investir na formação de um reservatório de experiências vivas e reais nos primeiros anos de vida, estimulando a apreciação e respeito pela natureza e todos os seres viventes, para assim garantir a formação de uma nova geração de guardiões da natureza e nossa sobrevivência no planeta.

 

5 LIVROS DIGITAIS GRATUITOS SOBRE  APRENDIZAGEM AO AR LIVRE

5 livros digitais gratuitos sobre aprendizagem ao ar livre

1.DESEMPAREDAMENTO DA INFÂNCIA – A ESCOLA COMO LUGAR DE ENCONTRO COM A NATUREZA

Organização: Maria Isabel Amando de Barros

Publicação do Instituto Alana, de iniciativa do programa Criança e Natureza, o livro fala sobre experiências de escolas que permitiram que as crianças aproveitassem os pátios escolares e outros territórios educativos como ambientes de aprendizado e brincar livre. A publicação propõe uma importante reflexão sobre como contribuir para mudar a atual realidade e desemparedar a infância.

Faça o download do livro

 

 

Leia também: Top 10 da educação ao ar livre

 

 

5 livros digitais gratuitos sobre aprendizagem ao ar livre2.EDUCANDO NA NATUREZA

Texto: Sibélia Zanon

Este livro, do Instituto Ecofuturo, instiga os leitores a refletir  sobre o contato das pessoas com o meio, o potencial educador dos espaços naturais e os aprendizados que essa aproximação proporciona. O material pode ser utilizado por professores e pais que tem o desejo de estimular as novas gerações a estreitar suas relações com a natureza.

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5 livros digitais gratuitos sobre aprendizagem ao ar livre 3.JARDIM DAS BRINCADEIRAS – UMA ESTRATÉGIA LÚDICA PARA A EDUCAÇÃO ECOLÓGICA

De Guilherme Blauth

O livro aguça a criatividade e apresenta novas brincadeiras com o ambiente natural. Dividido nos capítulos ‘ar’, ‘água’, ‘terra’, ‘fogo’ e ‘bonecos, bichos e monstros’, o autor nos convida a  perceber e olhar o cotidiano com outros olhos e compartilha pesquisa realizada em seu próprio jardim criando brinquedos e brincadeiras sustentáveis a partir dos elementos naturais.

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5 livros digitais gratuitos sobre aprendizagem ao ar livre4.BRINCANDO COM OS 4 ELEMENTOS DA NATUREZA

De Ana Lúcia Machado

O ebook é resultado do trabalho de pesquisa com crianças de escolas de educação infantil. Baseado na observação da autora do brincar das crianças em contato com a natureza, o livro traz um repertório de brincadeiras espontâneas com os elementos naturais.

Disponível pelo site do Educando Tudo Muda desde 2017, educadores de todo o Brasil  já baixaram este material.

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5 livros digitais gratuitos sobre aprendizagem ao ar livre 5.ATIVIDADES EM ÁREAS NATURAIS

De Rita Mendonça

Destinado a educadores em geral – este eBook oferece um farto material de reflexões sobre vivências com a natureza, espaços educadores ao ar livre e traz uma série de sugestões de atividades para que o contato direto, sensível e livre com a natureza seja parte do nosso processo de desenvolvimento.

O livro traz uma série de sugestões de atividades que foram classificadas pelo nível de intimidade que o educador percebe que tem com a natureza, desde bem simples, para quem nunca se deitou em um gramado, até de atividades mais complexas a serem praticadas em bosques e florestas.

Faça o download do livro

Conheça o lançamento do livro A TURMA DA FLORESTA – UMA BRINCADEIRA PUXA OUTRA. Uma publicação infanto-juvenil que vai inspirar  as crianças à brincar  em contato com a natureza.

Desejamos à todos ótima leitura, que essas dicas possam contribuir para a reconexão da infância à natureza.

Compartilhe suas impressões e deixe seus comentários.

 

abraço caloroso

Ana Lúcia Machado

TOP 10 DA EDUCAÇÃO AO AR LIVRE

Top 10 da educação ao ar livre

A educação ao ar livre é ainda um grande desafio para as escolas no Brasil, por isso selecionamos 10 livros que abordam esse tema com o intuito de encorajá-las a romper paradigmas fazendo da natureza salas de aula em todo o país, desde a educação infantil , até o ensino médio. Salas de aula sem paredes, por que não?

Hoje o contato com a natureza não acontece mais de forma natural, no entanto, essa conexão é imprescindível para o desenvolvimento integral e saudável da criança. Em contato com a natureza, as crianças desenvolvem mais o equilíbrio, a coordenação e autonomia.

A educação ao ar livre traz inúmeros benefícios – melhora o desenvolvimento intelectual e a saúde física, incentiva o pensamento crítico, a inteligência emocional, o trabalho em equipe, e a capacidade de resolução de problemas.

Existem muitos estudos e pesquisas que mostram que as  crianças se beneficiam ao aprender e brincar ao ar livre. Leia no site Children and Nature Network.

O potencial educador dos espaços naturais é enorme, sem contar que é a maneira mais eficaz de estimularmos a apreciação e respeito pela natureza e todos os seres viventes, e de desenvolvermos uma compreensão de como podemos cuidar do nosso meio ambiente.

Leia também: NOSSA TERRA EDUCADORA 

Por que não ensinar ao ar livre? A interação e exploração dos espaços abertos trazem oportunidades educativas muito mais efetivas e perduráveis para as crianças e jovens, é o que afirma  a britânica Juliet Robertson, consultora educacional especializada em educação ao ar livre. Ela diz que todo o currículo pode ser ensinado fora da sala de aula, acredite.

Vamos ao Top 10 da educação ao ar livre

1.Alfabetização Ecológica – A educação das crianças para um mundo sustentável

Fritjof Capra e outros

O livro reúne teoria e prática com base no que existe de mais avançado em termos de pensamento sistêmico, ecologia e educação. Pais e educadores de todas as partes do mundo interessados no desenvolvimento de novas formas de ensino e na ampliação dos conhecimentos ecológicos das crianças vão encontrar neste livro uma fonte inestimável de idéias. Reorientar o modo como os seres humanos vivem e educar as crianças para que atinjam seus potenciais mais elevados são tarefas com aspectos bem semelhantes. Ambas têm de ser vistas e abordadas no contexto dos sistemas: familiar, geográfico, ecológico e político. Nosso empenho para criar comunidades sustentáveis será em vão caso as futuras gerações não aprendam a estabelecer uma parceria com os sistemas naturais, em benefício de ambas as partes. Em outras palavras, elas terão de ser “ecologicamente alfabetizadas”.

2.Desemparedamento da infância – A escola como lugar de encontro com a natureza

Organização  de Maria Isabel Amando de Barros

O livro apresenta experiências do Brasil e do mundo em escolas que possibilitaram que as crianças aproveitassem mais seus territórios educativos como lugares de aprendizado e de brincar livre. A publicação traz para os educadores a reflexão de que é possível contribuir para mudar a realidade atual e desemparedar a infância.

Disponível para downloud gratuitamente.

3.Crianças e Natureza – Reconectar é preciso

Christiana Profice

O livro é um alerta para as graves consequências físicas e psíquicas de um cotidiano infantil sedentário e conectado a dispositivos eletrônicos. Nesta obra estão reunidos os principais resultados de pesquisas sobre o tema nacional e internacional. A conclusão a que se chega é que a reconexão entre crianças e natureza é mais do que urgente, sob o risco de aumento de distúrbios físicos e emocionais causados pela privação de interações cotidianas com os ambientes naturais, seus seres e processos. Outro efeito nefasto do afastamento entre crianças e natureza é o desinteresse das pessoas pelo mundo natural que, sem conhecê-lo, não se empenham em sua proteção, agravando, deste modo, os problemas ambientais contemporâneos. Apesar deste alerta, as pesquisas cientificas deixam claro que nem tudo está perdido e que ainda há tempo para reversão da situação, basta que devolvamos às crianças o seu direito de contato com a natureza da qual todos nós fazemos parte. A leitura deste livro por pais, educadores e mesmo por crianças e adolescentes, certamente, já vai iniciar uma mudança de pensamento acerca da importância da natureza para a humanidade e de nossa responsabilidade para com sua proteção.

4.Educação Verde, Crianças Saudáveis – ideias práticas para incentivar o contato de meninos e meninas com a natureza

Heike Freire

Os meninos e meninas de hoje passam a maior parte do tempo em espaços fechados, sentados, assistindo à TV. Eles vivem constantemente debaixo de uma supervisão adulta obcecada por segurança e quase já não têm momentos de brincadeiras descontraídas ao ar livre. Procuramos compensar esse crescente afastamento do mundo natural com um excesso de produtos e tecnologias (bichos de pelúcia, brinquedos eletrônicos, celulares, tablets, games, etc.) que suplantam os seres da natureza. Uma realidade virtual que os afasta ainda mais da vida, reduzindo-os ao papel de espectadores e consumidores passivos. A escassez de espaço e de possibilidades de movimento, a grande quantidade de representações abstratas, sem nenhuma relação com a experiência direta das crianças, o contínuo bombardeio de estímulos (luzes, cores chamativas, ruídos, velocidade) a que são submetidos e, no geral, a falta da natureza podem ser a causa de inúmeras doenças que acometem atualmente as crianças: obesidade, desequilíbrio no biorritmo, problemas motores e de linguagem, asma, estresse, agressividade, hiperatividade, depressão. As crianças precisam da natureza. Elas se sentem espontaneamente atraídas por ambientes naturais e, quando estão em contato com eles, desenvolvem-se de uma forma mais saudável em todos os níveis: físico, emocional, mental, social e espiritual. Passar algum tempo ao ar livre, em uma interação direta com a vida, é um direito fundamental da infância que deveria ser reconhecido na nossa sociedade. Este livro foi escrito para todas as pessoas, pais e educadores, dispostas a se empenhar para atingir esse ideal.

5.Brinquedos do Chão – A natureza, o imaginário, e o brincar

Gandhy Piorski

Este livro explora a imaginação do brincar e sua intimidade com os quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e ar, e revela a voz livre e fluente da criança em sua trajetória de moldar a si própria, tão esquecida nos estudos sobre a infância. Assim como o brinquedo, interessam ao autor, artista plástico, teólogo, pesquisador da infância e do imaginário, a brincadeira e seu universo simbólico; a experiência da criança quando, em comunhão com a natureza e em sua vivência transcendente, brinca e significa o mundo. Fala sobre os brinquedos da terra, que caracterizam, na produção material, gestual e narrativa da infância, a investigação da matéria e as operações da imaginação no forjar a elaboração e o enraizamento dos papéis sociais na casa, na família e no mundo.

6.A última criança na natureza – Resgatando nossas crianças do transtorno do defict de natureza

Richard Louv

Este livro apresenta uma abrangente síntese de pesquisas e também de histórias de todo o mundo que relacionam a presença da natureza na vida das crianças com seu bem-estar físico, emocional, social e acadêmico. Richard Louv cunhou pela primeira vez o termo Transtorno do Deficit de Natureza e despertou, assim, o interesse da comunidade internacional para um tema bastante atual: o impacto negativo da falta da natureza na vida das crianças, especialmente as que vivem em contextos urbanos.

Top 10 da educação ao ar livre7.Dedo verde na escola – Cultivando a alfabetização ecológica na educação infantil

Mônica Pilz Borba

Cultivando a alfabetização ecológica na educação infantil, remonta um processo educativo envolvendo alunos, professores e comunidade na transformação do currículo e das metodologias de duas escolas de educação infantil da rede de ensino municipal de São Paulo, ligadas ao respeito e ao cuidado da comunidade de vida, da integridade ecológica, por meio da democracia e da cultura de paz. Com metodologias inovadoras que valorizam as relações entre as pessoas e a natureza, a descoberta dos detalhes da vida e o mergulhar no conhecimento. Esta publicação é dedicada a todos os professores e educadores interessados em promover a cultura da sustentabilidade em suas escolas, potencializando a construção de valores, para quem sabe um dia tornarmo-nos uma sociedade sustentável. ¹ Terra e terra: com T maiúsculo e t minúsculo, ou seja, cuidar do macro e do micro.

8.Educação Infantil como direito e alegria – Em busca de pedagogias ecológicas, populares e libertárias

Lea Tiriba

Como dar força aos encontros que geram alegrias? Acreditando nos desejos das crianças, apostando em sua capacidade de escolha Nas escolas, as crianças permanecem horas em espaços fechados, aprendendo a obedecer, apropriando-se de conteúdos muitas vezes distantes de seus interesses. O trabalho de Lea Tiriba aponta caminhos para uma educação comprometida com a saúde das crianças e do planeta, buscando concepções e práticas que religuem os seres humanos à natureza e digam não ao consumismo e ao desperdício. Com base em extensa pesquisa de campo e bibliográfica, a autora sugere o respeito às vontades do corpo. Desencoraja o “emparedamento” das crianças e propõe um aprendizado que reorganiza a relação entre educadores e educandos, questionando a centralidade das professoras no processo pedagógico e propiciando o surgimento de relações horizontais. Inspirando-se em pensadores libertários, como Paulo Freire, Lev Vygotsky, Félix Guatarri, Boaventura de Souza Santos, Leonardo Boff entre outros, a autora nos convida a abraçar a solidariedade planetária. Em vez de cimento, paredes e grades, uma perspectiva de futuro que permita o movimento dos corpos, para a inventividade, a livre criação, a capacidade de escolhas e os encontros que geram alegria.

9.Vivências com a natureza – Guia de atividades para pais e educadores

Joseph Cornell

Este livro apresenta um conjunto precioso de jogos e brincadeiras que convidam os participantes, não só a se divertir nos espaços naturais, mas a construir uma verdadeira amizade com a terra, as rochas, as plantas e os animais com os quais compartilhamos o Planeta. Importantes conceitos ecológicos são abordados dentro de um contexto facilmente vivenciado e compreendido pela criança.

Os jogos e brincadeiras apresentados são universais e têm sido difundidos em todo o mundo com grande sucesso. As atividades são organizadas de acordo com a habilidade a ser desenvolvida: apreciação estética, assimilação de novos fatos, concentração, empatia, superação de medos, imaginação, memória, interação com a natureza, trabalho em grupo, confiança, desfrute do silêncio e da solidão.

Fugindo das teorizações, este livro retoma o discurso ecológico de forma prática, apresentando em detalhes atividades que podem ser realizadas em grupo, ao ar livre ou adaptadas para outros ambientes. Pequenos experimentos podem ser executados e relatados individualmente.

10.Vivências com a natureza – Novas atividades para pais e educadores

Joseph Cornell

Aqui o autor  apresenta e explica a metodologia do Aprendizado Seqüencial.O emprego dessa metodologia potencializa o trabalho do educador: as atividades deixam de ter um fim em si mesmas para compor um processo por meio do qual o aprofundamento da percepção, que requer o aquietar da mente e a abertura para a afetividade, é conseguido – proporcionando experiências fascinantes com a Natureza, tanto para os participantes como para os professores.

Este método tem sido empregado com enorme sucesso tanto por professores com seus alunos, como em programas de formação de professores, em que o desenvolvimento pessoal é aliado à aquisição de ferramentas pedagógicas modernas.

Para adquirir qualquer uma das publicações indicadas, basta clicar no título desejado para efetuar sua compra pelo site da Amazon. Aproveite, muitos livros estão com ótimos descontos.

Feliz ano novo, desejo que você leia mais em 2019 e principalmente que sinta-se motivado a romper as paredes das salas de aula com os alunos e praticar a educação ao ar livre.

Abraço caloroso

Ana Lúcia Machado