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DIA DAS CRIANÇAS MENSAGEM IMPORTANTE

Dia das Crianças – repensando o significado deste dia

Como sair do lugar comum e dar um novo sentido a esta data? De que forma podemos comemorar o Dia das Crianças sem ceder aos apelos mercadológicos da indústria de brinquedos e do entretenimento digital?

Que tal olhar seu entorno e perceber a quantidade de materiais do cotidiano que podem virar brinquedos nas mãos das crianças de forma criativa com o uso da imaginação?

São caixas de papelão, rolhas, caixinhas de fósforos, lenços, tampinhas de garrafa que podem se transformar em brinquedos incríveis.

E se você observar a natureza num passeio ao parque neste dia e descobrir o lúdico ao alcance das mãos? –  gravetos, sementes, folhas, pedrinhas, etc, que magicamente podem virar comidinhas nas brincadeiras de cozinha de lama por exemplo.

Já pensou como seria divertido organizar uma caça aos tesouros da natureza e depois propor às crianças a criação de um brinquedo ou brincadeira com esses achados?

Vamos conectar a criança ao mundo vivo e olhar para a vocação lúdica da natureza. Pense,  o que é um bom brinquedo?  O que é uma brincadeira potente?

Vamos refletir sobre a importância do brincar livre, do brincar em família, e nas possibilidades de viver o Dia das Crianças de um jeito diferente valorizando o que realmente importa para a saúde física e emocional das crianças, reconhecendo a importância das interações sociais e fortalecimento dos vínculos afetivos.

Logo, infância rica em vivências sensoriais e lúdicas não precisa de brinquedos industrializados e sim de experiências reais por meio do brincar livre em contato com o mundo natural. Além disso, essas experiências propiciam conhecimento do mundo, pois as crianças aprendem brincando.

Feliz Dia das Crianças com liberdade de ser e estar no mundo de um jeito diferente!

Abraços brincantes

Ana Lúcia Machado

 

DIA DAS CRIANÇAS – UM JEITO DIFERENTE DE COMEMORAÇÃO

dia das crianças

O Dia das Crianças originalmente foi instituído com o intuito de discutir os problemas da infância. Criado em 1924, logo após o Congresso Sul-Americano da Criança, um grande evento no Rio de Janeiro que reuniu estudiosos da infância e políticos de vários países para debater temas relacionados à educação, alimentação e desenvolvimento infantil.

Este dia permaneceu inexpressivo, até que, a partir da década de 50 uma campanha de marketing criada por duas grandes empresas fabricantes de produtos infantis, chamou a atenção para essa data dando força à comemoração desse dia com o objetivo de alavancar suas vendas.

dia das criançasDesde então, com a aproximação do Dia das Crianças, este é o período em que cresce, nos meios de comunicação, a publicidade dirigida ao púbico infantil pelas empresas fabricantes de brinquedos e de outros produtos infantis. As crianças são alvo de estratégias mercadológicas e fortes campanhas publicitárias persuasivas, exigindo cada vez mais dos responsáveis diretos da criança, cuidados em relação à exposição excessiva às telas.

Elas são bombardeadas pelos apelos mercadológicos em canais por assinatura, TV aberta, vídeos no Youtube, etc. Como ainda não possuem o senso crítico estruturado, são presas fáceis desses apelos e do consumismo. Saem pedindo insistentemente aos pais os produtos anunciados.

Dados fornecidos pelo Programa Criança e Consumo do Instituto Alana, apontaram um aumento de 331% no quesito publicidade infantil durante o mês de outubro do ano passado, entre os canais infantis Cartoon Network, Discovery Kids e Gloob.

O mercado brasileiro de brinquedos chega a movimentar cerca de R$ 10,5 bilhões anuais, despejando regularmente novidades nas prateleiras das grandes redes varejistas, atraindo as crianças e despertando o desejo por novos brinquedos.

Sabemos que 90% desses brinquedos são feitos de plásticos e que  impactam diretamente a saúde da criança e do planeta, pois as substâncias de determinados tipos de plásticos são tóxicas para as crianças. Além disso, é sabido que a decomposição de certos materiais pode demorar até 500 anos. Isto se torna um problema ambiental muito grave, uma vez que o oceano é o destino quando estes materiais são descartados.

Outro aspecto importante que precisamos levar em conta é que quando a criança brinca apenas com brinquedos industrializados, inibimos sua imaginação e sua capacidade de transformar em brinquedos, elementos do cotidiano que estão à sua volta.

O brinquedo pronto que damos de presente a elas, quebra o ciclo natural do brincar – formado pelas etapas do desejar, planejar, executar e desfrutar -, indo direto para a fase final do processo. Isto coloca a criança numa perspectiva de passividade, empobrece a brincadeira, não estimula a imaginação,  a criação livre, e o trabalho de construção dos brinquedos por elas mesmas.

A ruptura desse ciclo leva a criança a perder rapidamente o interesse pelo brinquedo que lhe é dado. É possível observar uma redução nas interações com esses objetos, menor envolvimento e pouca concentração, pois a criança não se sente ativa no processo de criação dos brinquedos e brincadeiras.

 

MENOS BRINQUEDOS MAIS IMAGINAÇÃO

É o que constatou um estudo de 2017 da Universidade de Toledo (Ohio – EUA) intitulado “A influência do número de brinquedos no ambiente infantil”.  Pesquisadores concluíram que ao disponibilizar menos brinquedos a uma criança, sua imaginação torna-se mais ativa e consequentemente a brincadeira fica mais criativa.

O estudo revelou que quando as crianças têm menos brinquedos no ambiente, brincam por períodos mais longos, e exploram diferentes maneiras de usá-los nas brincadeiras. Menos brinquedos eleva a qualidade do brincar das crianças e pode ajudar a criança a se concentrar melhor na brincadeira com mais criatividade.

 

REPENSANDO O SIGNIFICADO DO DIA DAS CRIANÇAS

Dia das criançasComo sair do lugar comum e dar um novo sentido a esta data? De que forma podemos comemorar o Dia das Crianças sem ceder aos apelos mercadológicos?

Que tal olhar seu entorno e perceber a quantidade de materiais do cotidiano que podem virar brinquedos nas mãos das crianças – caixas de papelão, rolhas, caixinhas de fósforos, lenços, etc.

Que tal observar a natureza num passeio ao parque neste Dia das Crianças e descobrir o lúdico ao alcance das mãos – gravetos, sementes, folhas, pedrinhas, etc, que magicamente podem se transformar em alegres brincadeiras?

Já pensou como seria divertido organizar uma caça aos tesouros da natureza e depois  propor às crianças a criação de um brinquedo ou brincadeira com esses achados?

LEIA TAMBÉM: Livro do Educador brincando com a natureza

Dia das criançasVamos conectar a criança ao mundo vivo e olhar para a vocação  lúdica da natureza. Vamos refletir sobre o que é um bom brinquedo, uma brincadeira potente, sobre a importância do brincar livre, o brincar em família, e possibilidades de viver o Dia das Crianças  de um jeito diferente  valorizando o que realmente importa para a saúde física e emocional das crianças.

Infância rica em vivências sensoriais e lúdicas não precisa de brinquedos industrializados e sim de experiências por meio do brincar livre em contato com o mundo natural.

Feliz Dia das Crianças!

Abraços

Ana Lúcia Machado

INFÂNCIA SEM CONSUMISMO – IDEIAS PARA UM MUNDO SUSTENTÁVEL

É possível preservar a criança e viver uma infância sem consumismo?

Vivemos a Era do compartilhamento, um tempo em que a posse torna-se menos importante que o acesso. O compartilhamento de bens de consumo e serviços tem se popularizado e causado transformações sociais e econômicas.

A Geração X e a Geração do Milênio sentem-se atraídas pela ideia de compartilhar bens, serviços e experiências em comunidades colaborativas, é o que mostra um estudo realizado em 2012 pela Campbell Mithun, uma agência de publicidade de Minneapolis e a Carbonview Research.

Jovens ao redor do mundo tem contribuído para a queda do número de veículos próprios por dar preferência ao acesso ao automóvel ao invés da posse. Atitudes como essas denotam uma mudança de paradigma que aos poucos ganham outras esferas, segmentos e perfis sociais.

Infância sem consumismoEntretanto, ao analisar dados do mercado brasileiro de brinquedos, constata-se que este setor vem crescendo ano após ano,  mesmo em situação de crise econômica. Em 2017 teve um faturamento de R$ 10,5 bilhões, representando um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior.  (Fonte: site Exame)

Somente em 2016, o mercado brasileiro contou com mais de 9.000 modelos de brinquedos. Na edição deste ano da Feira Internacional de Brinquedos, foram apresentados cerca de 1.500 lançamentos, entre brinquedos em geral, colecionáveis e educativos, jogos, pelúcias, artigos para festas, fantasias, etc.

Isto significa que a criança é alvo de um mercado ávido pelo aumento de vendas, com grandes investimentos em campanhas de marketing e propaganda para fisgar a atenção das crianças.

 

Infância sem consumismoAí vem a pergunta: é possível estimular o compartilhamento entre as crianças?

A partir de 1 aninho, a criança começa a expressar sua dificuldade em dividir, seja a atenção e carinho da mãe, até objetos pessoais. Somente por volta dos 6 anos, é que ela desenvolverá a capacidade de compartilhar, tornando-se cada vez  mais sociável.

Como podemos incentivar o compartilhamento e vislumbrar uma infância sem consumismo?

Algumas ideias simples, podem aos poucos provocando novas atitudes e cultivando novos hábitos.

 

INFÂNCIA SEM CONSUMISMO

Acompanhe esta história:

No ano passado fui tomada pela ideia de comprar de presente de Natal para meus 8 sobrinhos pequenos, um único presente, um presente que pudesse ser compartilhado entre eles –  um brinquedo coletivo.

Depois de pensar e pesquisar, cheguei ao presente ideal: um quebra-cabeça de madeira. Escolhi o quebra-cabeça da história da Arca de Noé e acrescentei ao pacote um livro sobre a mesma história

Na noite de Natal reuni a minha volta todos os sobrinhos para a entrega do presente.  De frente àqueles olhinhos brilhantes, disse  que aquele brinquedo era de todos eles e fui citando cada nome.

Expliquei que por ser de todos,  o brinquedo coletivo ficaria um pouco na casa de cada um e que eles deveriam ter muito cuidado para conservar o brinquedo afim de que nenhuma peça se perdesse.

Disse ainda que pedissem ao papai e a mamãe para brincarem junto com eles, ajudando-os na montagem do quebra-cabeça e lendo o livro. E ao final da noite, sorteamos uma criança para levar o brinquedo coletivo para casa. O brinquedo coletivo foi um sucesso entre as crianças.

Gostou da ideia? Acha difícil fazer isso na sua família?

 

OUTRAS IDEIAS PARA UM MUNDO SUSTENTÁVEL

Infância sem consumismo -Participar das feiras de trocas de brinquedos que acontecem ao longo do ano

-Incentivar o empréstimo de brinquedos entre os amiguinhos da escola e entre primos

-Organizar um mercado das pulgas com os brinquedos que não são mais usados entre as crianças da vizinhança

As crianças estão abertas a um mundo colaborativo, um mundo onde o “é nosso” tem mais valor do que o “é meu”, acredite.

Ao sair às compras de Natal, pense nisto:

“O mundo que vamos deixar para os nossos filhos depende dos filhos que vamos deixar para o nosso mundo”. – Mário Sérgio Cortella

E para este Natal já tenho outra ideia interessante que contarei aqui depois. Fique ligado.

Feliz Natal!

Ana Lúcia Machado

 

 

 

BRINCANDO COM OS QUATRO ELEMENTOS DA NATUREZA

Brincando com os quatro elementos da natureza

 

 

Brincando com os quatro elementos da naturezaEstá disponível um lindo e-book escrito especialmente para os leitores do Educando Tudo Muda, intitulado Brincando com os  Quatro Elementos da Natureza.

Para ter acesso, basta apenas se cadastrar AQUI no site. Neste e-book destaco a importância do contato com a natureza desde os primeiros meses de vida da criança.

Quando oferecemos à criança a oportunidade de contato com os reinos da natureza, mineral, vegetal e animal, fortalecemos a verdade de que fazemos parte de um todo e pertencemos a um sistema, pois somos também natureza.

O contato com os quatro elementos, terra, água, ar e fogo, são absorvidos como forças que estão formando a criança, são vivências que serão impressas no organismo, na memória celular e que darão formas permanentes à criança; expondo a criança a fenômenos físicos materiais que expressam uma verdade espiritual, carregam em si um fundamento cósmico, permitindo que a criança penetre em processos vivos que estão em constante transformação.

Através do contato com as formas e movimentos vivos dos elementos naturais, que possuem texturas, cores, sons, aromas próprios e diferenciados, fortalecemos e nutrimos todo o organismo em formação da criança. A expressão da ideia criadora está intrínseca em cada elemento e é assimilada naturalmente pela criança ao brincar com a areia, a água, ao sentar na grama, pegar uma folha, uma flor. Cada pedra, cada concha, tem em si uma força criadora sendo expressa. Este é o mundo verdadeiro que devemos apresentar à criança.

Brincando com os quatro elementos da natureza

As brincadeiras com água viram festa rapidamente, que resultam sempre em relaxamento. Desde a vida intrauterina, o meio líquido é fundamental para o desenvolvimento humano. Nosso corpo é composto de 80% a 85% de água. A intimidade com este elemento é muito grande.

Um tanque de areia é para a criança tão importante quanto o pão. Brincar com a terra possibilita a compreensão do enraizamento, da interioridade das coisas. É a representação da vida social, através das brincadeiras de fazer comidinhas com folhas, sementes, etc.

 

O elemento ar coloca o corpo e a alma infantil em movimento. Qual criança que nunca sentiu o desejo de voar? Por isso as capas, as asas de borboletas são sucesso entre a criançada. Assim como empinar pipa, correr segurando um cata-vento, etc. Mas quem consegue colocar uma criança para dormir depois das brincadeiras com ar?

 

Brincando com os quatro elementos da natureza

E finalmente as brincadeiras com o fogo, que desafiam, mas também provocam fascínio e temor. Como nas noites de inverno, fazer uma fogueira, jogar gravetos nas chamas, observar seus estalos. Tudo isso atrai demasiadamente a atenção das crianças.

A qualidade do brincar da criança com a natureza torna-se infinitamente cheia de significado e superior, pois,  a força destes organismos vivos penetram na organização corpórea da criança e contribuem para seu desenvolvimento saudável,  auxiliando nas defesas naturais do organismo.

As formas e movimentos primordiais vivenciados através do brincar com os elementos, refletem o  profundo equilíbrio do Cosmo, que é assimilado com admiração e veneração pela criança. A esta criança não será preciso anos mais tarde despertar a consciência ecológica, ensinar o respeito à natureza, pois ela já amará a natureza como parte de si mesma.

Os primeiros sete anos de vida da criança é o período mais importante para o trabalho educativo de base. A criança se encontra totalmente confiante e aberta a assimilar o espírito do ambiente que a cerca. Há na criança uma força plástica interna em trabalho constante que é influenciada por tudo que a envolve. Todas as reações que ela apresenta a tudo que vem do meio exterior, são reações orgânicas e que vão aos poucos dando forma ao seu próprio corpo e qualidade ao organismo que está se desenvolvendo.

Como um grande órgão sensorial, a criança vive também para fora do seu corpo, ela percebe e vivencia o ambiente como uma extensão de si mesma. É por este motivo que ela tem empatia com tudo o que se encontra no ambiente, sejam seres humanos, uma pequenina formiga, as plantinhas, pedras, brinquedos, etc…Para a criança tudo tem vida e é extensão dela mesma. Alimentar os sentidos da criança com formas e substancias primitivas, com materiais naturais e vivos, que florescem, frutificam, deixando-a brincar livre em espaço amplo, aberto, ensolarado, é garantia de alegria, amor e saúde.

CONHEÇA O LANÇAMENTO DO LIVRO A TURMA DA FLORESTA – UMA BRINCADEIRA PUXA OUTRA

A escritora Lya Luft em seu livro Mar de dentro, fala claramente a este respeito ao refletir sobre suas lembranças de menina:

“Uma criança contemplando uma mancha na parede, um inseto no capim ou a revelação de uma rosa, não está apenas olhando: ela está sendo tudo isso em que se concentra. Ela é o besouro, a figura na parede, ela é a flor, o vento, o silêncio. Uma criança é a sua dimensão na qual o tempo, os contornos, texturas, aromas e sons são realidade e magia sem distinção.”

Nossa tarefa como educadores, sejamos pais ou professores, é a de proporcionar o maior número de vivências que fortaleçam as forças vitais. Como tudo em volta da criança é vivenciado por ela, devemos prestar atenção a três coisas muito importantes:

 

– qualidade nas impressões sensoriais

– possibilidade de espaço e movimento

– ambiente que inspire o brincar

 

Sob a infância pairam nuvens de encantamento, simplicidade e contentamento. As lembranças felizes da infância estão relacionadas com o calor humano e com a natureza. A criança necessita de comunhão com  a natureza para se desenvolver de maneira saudável.

Convido você a se aventurar com seus filhos e/ou alunos, explorando as possibilidades de brincadeiras com os quatro elementos da natureza. Cadastre-se no site, baixe gratuitamente o e-book Brincando com os quatro elementos da Natureza e bom divertimento. A natureza está a nossa disposição e agradece o contato e carinho.

Para terminar, deixo um belo poema para reflexão:

O menino rico

Nunca tive brinquedos.

Brinco com as conchas do mar

E com a areia da praia;

Brinco com as canoas dos coqueiros

Derrubados pelo vento;

Faço barquinhos de papel!

E minha frota navega

Nas águas da enxurrada;

Brinco com as borboletas nos dias de sol.

E nas noites de lua cheia

Visto-me com os raios de luar.

Na primavera teço coroas de flores perfumadas.

As nuvens do céu são navios, são bichos, são cidades.

Sou o menino mais rico do mundo,

Porque brinco com o Universo,

Porque brinco com o infinito.

(Maria Alceu N. S. Ilnzinger)

Abraço carinhoso,

Ana Lúcia Machado