BRINQUEDO COLETIVO – UM BRINQUEDO PARA CHAMAR DE NOSSO

Vivemos um tempo de muitas mudanças. Um tempo em que a posse está se tornando menos importante que o acesso. O compartilhamento de bens de consumo tem se popularizado, transformando completamente o mercado, a economia.

 

Acompanhe a surpreendente história de um brinquedo coletivo numa noite de Natal – um brinquedo para chamar de nosso, um presente para todos.

Já fui criança e sei bem o quanto é difícil dividir os brinquedos com os irmãos, primos, e amiguinhos. Para a criança “tudo é meu”, não é mesmo?

brinquedo coletivo

A dificuldade em dividir na maioria das vezes começa por volta de 1 aninho. Tem seu ápice aos 3, e espera-se que em torno de 6 anos,  a criança já saiba  compartilhar, tornando-se um ser cada vez mais sociável.

Apesar de conhecedora dessa faceta infantil, no final do ano fui tomada pela ideia de comprar de presente de Natal para meus 8 sobrinhos pequenos, um único presente, um presente que pudesse ser compartilhado entre eles –  um brinquedo coletivo.

 

E foi assim que depois de pensar e pesquisar, cheguei ao presente ideal: um quebra-cabeça de madeira. Escolhi o quebra-cabeça da história da Arca de Noé e acrescentei ao pacote um livro apaixonante de Mariana Caltabiano chamado Arca de Ninguém, onde a autora faz uma releitura divertida dessa história bíblica. Sou fã desse livro que relata as dificuldades que Noé enfrentou ao tentar convencer os animais a entrar na arca.

 

Na noite de Natal

Brinquedo coletivo

reuni a minha volta todos os sobrinhos para a entrega do presente.  De frente àqueles olhinhos brilhantes, disse  que aquele brinquedo era de todos eles e fui citando cada nome.

Expliquei que por ser de todos,  o brinquedo coletivo ficaria um pouco na casa de cada um e que eles deveriam ter muito cuidado para conservar o brinquedo afim de que nenhuma peça se perdesse.

Disse ainda que pedissem ao papai e a mamãe para brincarem junto com eles,  ajudando-os na montagem do quebra-cabeça e lendo o livro. E ao final da noite, sorteamos uma criança para levar o brinquedo coletivo para casa.

 

 

 

Semanas atrás fui surpreendida com esse vídeo compartilhado no grupo de WhatsApp da família. É minha sobrinha, a mais velha da turma – 5 e 1/2 anos, fazendo o sorteio da temporada seguinte do brinquedo. Foi então que percebi o quanto a ideia deu certo. Há entusiasmo e alegria em sua fala, olhar e gestos quando ela diz:

– Oi primos, vamos fazer o sorteio do brinquedo compartilhado?

Lindo não é mesmo? Confesso que fiquei emocionada, e respondi ao grupo do WhatsApp:

 

-Vá brinquedo, vá. Vá brinquedo coletivo fazer outra criança feliz! Vá brinquedo compartilhado acolher outros sorrisos, juntar outras famílias num ritual de alegria e amor. Vá ser cuidado por outras mãozinhas, e fazer parte da memória de outras infâncias.

 

 

brinquedo coletivo

NOVOS TEMPOS

Vivemos um tempo de muitas mudanças. Um tempo em que a posse está se tornando menos importante que o acesso. O compartilhamento de bens de consumo tem se popularizado, transformando completamente o mercado, a economia.

Temos muito a aprender com as crianças sobre o valor do compartilhamento. Elas estão abertas a um mundo colaborativo, um mundo onde o “é nosso” tem mais valor do que o “é meu”.

 

Que possamos nos entusiasmar por essa ideia e entrarmos de cabeça nesses novos tempos!

Se quiser se divertir com a história da Arca de Ninguém, fica aqui o link para você adquirir o livro. Vale a pena a leitura!

Abraço carinhoso

Ana Lúcia Machado

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